A passagem desastrosa de Maguila pela política e os ruídos na TV
Ex-lutador de boxe morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos
Um dos maiores boxeadores do Brasil, José Adilson Rodrigues dos Santos, mais conhecido como Maguila, morreu nesta quinta-feira, 24, aos 66 anos, em São Paulo. O ex-peso-pesado sofria de encefalopatia traumática crônica, também conhecida como demência pugilística, diagnosticada em 2013. A doença possui os mesmos sintomas do Alzheimer, mas é causada por golpes repetitivos na cabeça – condição comum em ex-boxeadores. Maguila lutou profissionalmente entre 1983 e 2000. Ao todo, foram 85 lutas oficiais em 17 anos, com cartel impressionante de 77 vitórias – sendo 61 por nocaute. Ele deixa a mulher, Irani Pinheiro, com quem era casado há 41 anos; e três filhos: Adílson, Adenílson e Edmilson.
Fora dos ringues, o lutador era dono de um carisma singular e se aventurou em diversas áreas depois que deixou o esporte. O sergipano chegou a ser comentarista econômico no extinto programa Aqui Agora, do SBT; fez parte do Show Tom, na Record; e tentou carreira como cantor de samba, chegando a gravar um disco. O álbum Vida de Campeão foi lançado em 2009 e conta com 10 faixas, sendo uma autoral, com o mesmo nome do disco, além de outras regravações, como Deixa a Vida Me Levar, de Zeca Pagodinho.
Maguila também tentou carreira política. Foi secretário de Esportes na cidade de Itaquaquecetuba, em São Paulo, mas saiu do posto em 1997. E em 2010, tentou se eleger deputado federal pelo PTN, mas recebeu apenas 2.951 votos. Nos últimos anos, Maguila viveu em uma clínica em Itu, interior de São Paulo.