A censura sofrida pela jornalista que protestou contra a guerra na TV
Ela foi multada e pode ser condenada a 15 anos de prisão; Filha de ucraniano, a repórter disse sentir vergonha de trabalhar na emissora russa
Em pleno noticiário do horário nobre do Canal 1, emissora das mais vistas na Rússia, a jornalista Marina Ovsyannikova, 44 anos, entrou no estúdio, postou-se atrás da apresentadora e ergueu um cartaz que dizia: “Parem com a guerra. Não acreditem na propaganda. Eles estão mentindo para você”. Rapidamente, o noticiário esportivo entrou no ar e seguranças removeram Marina, que passou 24 horas desaparecida. Ressurgiu em um tribunal, onde foi multada em 30 000 rublos (1 300 reais) por “manifestação não autorizada”. A promotoria deve enquadrá-la na nova lei que proíbe falar da guerra na Ucrânia e pode lhe render até quinze anos de prisão. Marina, que é filha de ucraniano, deixou gravado um vídeo em que se diz “envergonhada” de trabalhar em um canal que transforma “o povo russo em zumbis”.
Publicado em VEJA de 23 de março de 2022, edição nº 2781
A resposta do governo Lula a Cláudio Castro sobre a guerra ao tráfico no Rio
O dado da nova pesquisa que contraria a fala de Lula de que Bolsonaro é passado
A boa e as más notícias para Lula na nova pesquisa sobre a eleição presidencial
Com PEC da Segurança parada, Hugo Motta se manifesta sobre operação no Rio
Colegas ficam revoltados com críticas de Grazi Massafera a Otávio Augusto







