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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
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O que a vitória de Milei ensina ao bolsonarismo

No grupo que não gosta de Tarcísio de Freitas, nome de Ricardo Salles desponta como opção para 2026

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 Maio 2024, 19h59 - Publicado em 20 nov 2023, 16h01

Muito se tem escrito sobre os eventuais efeitos da eleição de Javier Milei a presidente da Argentina para o governo Lula. Provavelmente nada. O que a vitória de Milei traz de mudança é para o bolsonarismo.

Para o entorno bolsonarista, — que inclui os filhos Flávio, Carlos e Eduardo — a vitória de Milei mostra que o espaço para um candidato antissistema segue no imaginário popular. Com a inelegibilidade do ex-presidente, eles acreditam que qualquer um que ele aponte ser pode ser seu herdeiro. Por essa lógica, a suposta fila de preferência entre os governadores Tarcísio de Freitas e Romeu Zema não significa nada.

Um plano do grupo é a candidatura do deputado e ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não apenas à Prefeitura de São Paulo, mas até à Presidência em 2026. Se não for Salles, pode ser até um dos filhos, contanto que não tente uma postura independente de Bolsonaro.

A relação do ex-presidente Jair Bolsonaro com o principal candidato a seu sucessor na direita populista, Tarcísio de Freitas, piora a cada semana. O entorno de Bolsonaro fala mal de Tarcísio dia sim e noutro também, superdimensionando as intrigas e diferenças entre os dois políticos.

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À revista VEJA, Tarcísio declarou na semana passada que o ministro petista Fernando Haddad “está fazendo a coisa certa dentro do governo e tem bons quadros na equipe econômica”. Essa é a forma de Tarcísio manter o difícil equilíbrio entre ser o herdeiro de Bolsonaro, mas também colher os votos da centro-direita que preferia um candidato menos antissistema. Apoiador de primeira hora do presidente, Tarcísio já deu gestos à moderação quando reconheceu de pronto a vitória de Lula, condenou os ataques de 8 de janeiro, trabalhou com Lula nas enchentes no Litoral paulista e fechou um acordo benéfico a São Paulo na reforma tributária patrocinada por Haddad.

O elogio à uma figura tão icônica do lulismo foi a gota d’água para o ex-presidente. “Não, não está tudo certo. Eu não mando no Tarcísio. É um baita de um gestor. Politicamente, dá suas escorregadas”, reconheceu o ex-presidente em entrevista à Rádio Gaúcha respondendo sobre sua relação com o governador. “Jamais faria certas coisas que ele faz com a esquerda.”

No entorno de Bolsonaro, o zigue-zague de Tarcísio recorda os de outros bolsonaristas que tentaram ser mais independentes e acabaram rompendo para seguir uma carreira solo, como João Doria, Sergio Moro e Hamilton Mourão. Todos foram encaixados no grupo de “traidores” e vítimas da guerrilha digital bolsonarista. Com sua política moderada, Tarcísio pode ser a próxima vítima.

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