Tribunal Estabelece que My Name Is Earl não é Plágio

My Name is Earl

Em 2008, o roteirista Mark Gable entrou com um processo na justiça contra a NBC Universal alegando que a série “My Name is Earl” era plágio de “Karma”, um projeto que ele ofereceu a vários estúdios e agências de Hollywood em 1995, entre eles a The Gersh Agency, que representa Greg Garcia, criador de “My Name is Earl”.

“Karma” era um projeto de série dramática na qual Frankie Augustus, um policial corrupto e imoral, recebe a visita de um anjo. Este o faz compreender que, para salvar a alma de seu filho que ainda não nasceu, ele terá que encontrar a redenção. Assim, quando Frankie ganha na loteria, ele decide utilizar o dinheiro para reverter o karma ruim que o acompanhou ao longo de sua vida. Ele procura pelas pessoas a quem teria causado algum mal e, com a supervisão do anjo, tenta fazer algo que possa compensar o passado.

Em seu processo, Gable citou diversas similaridades entre os dois projetos. Para reforçar sua alegação, incluiu uma análise de David Nimmer, um renomado professor especializado em direitos autorais. No entanto, a corte se negou a aceitar a análise de Nimmer, por não considerá-lo qualificado para oferecer sua opinião sobre o caso.

Desta forma, coube ao juiz encarregado do caso analisar e comparar os dois projetos. Apesar do tema ser o mesmo: karma e redenção, a corte determinou que a sequência de eventos, o local onde a história é situada e a forma como os personagens foram desenvolvidos são diferentes.

Entre as diferenças apontadas pela corte está o fato de que “My Name is Earl” é uma sitcom de meia-hora, situada no interior dos EUA, enquanto que “Karma” é um drama com episódios de uma hora de duração, situada na periferia de Nova Iorque.

A corte de Los Angeles deu ganho de causa à NBC Universal, afirmando que a alegação de Gable não era consistente. Além disso, o roteirista não conseguiu provar que Greg Garcia teve acesso ao seu projeto.

Produzida entre 2005 e 2009, “My Name Is Earl” narrava a história de Earl (Jason Lee), um sujeito do interior que costuma viver de pequenos roubos. Ele ganha na loteria, mas perde o bilhete quando é atropelado. No hospital, enquanto assiste a um programa de TV, ele toma conhecimento da concepção de karma bom e ruim. Assim, ele faz uma lista de todas as coisas ruins que fez na vida. Depois de sua primeira boa ação, ele encontra o bilhete e com o dinheiro dedica-se a encontrar as pessoas a quem um dia prejudicou para reverter a situação.

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