Séries Americanas Ganham Versões Árabes
De tempos em tempos ouvimos falar sobre as versões estrangeiras de séries americanas. Esta é uma das formas que os produtores têm de elevar os lucros de um seriado, especialmente aqueles que já encerraram suas produções nos EUA. Mas algumas dessas versões não são oficiais. Lembram que no ano passado foi descoberto um remake não […]
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De tempos em tempos ouvimos falar sobre as versões estrangeiras de séries americanas. Esta é uma das formas que os produtores têm de elevar os lucros de um seriado, especialmente aqueles que já encerraram suas produções nos EUA. Mas algumas dessas versões não são oficiais. Lembram que no ano passado foi descoberto um remake não autorizado de “The Big Bang Theory”, na Bielorússia?
Normalmente, as versões não oficiais reaproveitam situações, personagens e ideias as quais são elaboradas de uma forma que não obrigue a atual produção a pagar pelos direitos autorais de uso do material. A TV americana faz muito isso, tanto para produtos estrangeiros quanto para produções nacionais. O exemplo mais recente (que me vem à cabeça) é “The Closer”, versão não oficial de “Prime Suspect”, que por sua vez ganhou um remake oficial americano com estreia prevista para setembro nos EUA.
No Brasil, por exemplo, existem rumores de que um canal tem funcionários que assistem às séries de TV e filmes com o objetivo de anotarem enredos de episódios, situações, diálogos e personagens que possam ser reutilizados em suas próprias produções.
Como vêem, é um mercado com inúmeras possibilidades. Pois esta semana surgiu a notícia de que “The Office“, série inglesa com pelo menos oito remakes autorizados, ganhou uma versão não oficial no Afeganistão, tendo como referência a produção americana.
Com o título de “The Ministry“, a série segue a narrativa documental, situada no escritório do Ministério do Lixo. Entre os funcionários, personagens que lembram Michael, Dwight e Pam (que nesta versão odeia homens), além de outros incluídos por conta própria, como um guarda de segurança que vive dormindo e um mordomo que é constantemente subestimado.
Segundo o Washington Post, a história gira em torno de temas mais sérios como a corrupção, tráfico de influência e outras questões relacionadas à politicagem. A série está prevista para estrear pelo canal comercial Tolo TV. No entanto, pela proposta divulgada, a produção parece uma mistura de “Yes, Minister” (série inglesa produzida entre 1980 e 1982 e situada no gabinete do Primeiro Ministro) e “The Office”, que, ao meu ver, se inspirou na primeira, trazendo uma abordagem mais popular e situando a história em outro ambiente.
No vídeo acima, preview de “The Ministry” com legendas em inglês.
Outra versão árabe de uma série americana, desta vez oficial, é “Everybody Loves Raymond“, produzida pela Sony Pictures Television, em parceria com a SPT Arabia. Por enquanto a série está em fase de desenvolvimento de roteiros. O projeto prevê a produção de 30 episódios, estrelados por Sherif Salamah, Layla Taher, Ahmed Khalil e Caroline Khalil, com exibição em canais do Egito, do Líbano e da Arábia Saudita.
Esta não é a primeira versão estrangeira da série. “Everybody Loves Raymond” já foi adaptada para Israel, Polônia e Rússia. Esta última ficou conhecida internacionalmente graças ao documentário “Exporting Raymond“, produzido por Phil Rosenthal, que narra o processo de adaptação da série para a cultura russa.