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Nova Temporada

Por Fernanda Furquim Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.

Review – Peter Capaldi faz sua estreia em ‘Doctor Who’

Postagem atualizada no dia 24 de agosto de 2014. Hoje estreia pelo canal BBC HD a oitava temporada de Doctor Who, agora estrelada por Peter Capaldi, ator que substituiu Matt Smith no episódio natalino da série, exibido em dezembro de 2013. Embora os fãs já tenham tido uma amostra do Doutor de Capaldi, eles somente […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 03h13 - Publicado em 23 ago 2014, 16h32

S8DW-17

Postagem atualizada no dia 24 de agosto de 2014.

Hoje estreia pelo canal BBC HD a oitava temporada de Doctor Who, agora estrelada por Peter Capaldi, ator que substituiu Matt Smith no episódio natalino da série, exibido em dezembro de 2013. Embora os fãs já tenham tido uma amostra do Doutor de Capaldi, eles somente irão conhecê-lo de fato com a estreia das aventuras protagonizadas pelo ator.

Em agosto de 2013,  o anúncio de que Capaldi seria o substituto de Smith gerou em parte dos fãs e da imprensa uma reação negativa. Embora tenha sido aceito pela maioria (de acordo com pesquisas realizadas no Reino Unido na época), o ator foi rejeitado por determinados segmentos de público e de crítica por sua idade e aparência física, e não por sua qualificação profissional. Sendo o ator mais velho a interpretar o personagem desde a estreia da série em 1963, Capaldi aguentou o bombardeio de comentários negativos, muitos deles depreciativos, que não aceitavam sua escolha por ele ser considerado muito velho para o papel. O fato dele não ser um ‘galã de novela’ também serviu para aumentar a rejeição.

Com isto, Doctor Who se tornou uma das primeiras (se não for a primeira) série de TV que precisa justificar porque escolheu um ator acima dos 50 anos para interpretar um herói, mesmo o personagem sendo protagonista de uma produção infanto-juvenil (que também é acompanhada por adultos). Considerando que vivemos das aparências e que a TV (em especial a americana, onde a série faz sucesso) é voltada para o público jovem, não chega a ser uma surpresa a polêmica que surgiu em torno da série.

Ao longo da produção dos episódios da oitava temporada, a BBC protegeu Capaldi da imprensa que desejava entrevistá-lo. O ator teve toda liberdade de construir seu personagem sem precisar dar satisfações de cada etapa de seu trabalho. Somente no fim das filmagens é que ele foi liberado para atender a imprensa e o público. Para tanto, a BBC organizou uma turnê mundial, a qual substituiu a participação anual de Doctor Who na Comic Con de San Diego. Através de um evento controlado pela empresa, foi oferecida ao público e à imprensa de seis cidades a chance de conhecer de perto o novo ator que estrela uma das séries mais populares da atualidade, bem como de obter informações sobre os rumos que Doctor Who irá seguir.

A turnê teve início em Cardiff, onde a série é filmada, acompanhada de entrevistas exclusivas, coletivas e encontro com os fãs, que puderam assistir em primeira mão o episódio de estreia da oitava temporada (pelo menos para aqueles que conseguiram resistir à tentação de baixar o episódio que vazou semanas antes do início da turnê graças a uma falha na segurança da BBC em Miami). Lembrando que o episódio também será exibido em salas de cinema no Brasil, no dia 4 de setembro.

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Já na apresentação do ator em agosto de 2013 foi dito que ele era um fã desde os cinco anos de idade, e que ao longo de toda sua vida continuou acompanhando e cultivando sua adoração por Doctor Who, série que ele ‘obrigou’ sua filha pré-adolescente a assistir quando voltou a ser produzida em 2005. Em entrevistas, ele disse ter avisado a menina que ‘ela assistiria à série quer gostasse ou não, porque era Doctor Who‘. O fato dele ser fã foi uma ‘mão na roda’ para o departamento de marketing da BBC, que desde então vem apoiando a escolha do ator na sua capacidade profissional agregada ao seu amor pela série.

Rio1Em sua passagem pelo Rio de Janeiro, Capaldi reafirmou seu amor pela produção que ele cresceu assistindo. Classificando-a como um momento mágico de sua infância, ele considera a série como algo com a qual pode sonhar em viver aventuras pelo tempo e pelo espaço sempre que se sente triste ou sozinho. A influência do Doutor em sua vida o levou a moldar seu estilo de interpretação no personagem.

Apesar de toda esta referência amplamente divulgada (desde agosto de 2013) em torno do ator, Steven Moffat achou necessário justificar a escolha de Capaldi quando escreveu o episódio Deep Breath, que abre a oitava temporada. O vilão da vez faz um paralelo com a situação do personagem que passou por uma regeneração mudando seu rosto, sendo que os diálogos e as situações foram construídas de forma a validar o ator.

Ao longo de todo o episódio vemos comentários, alguns cômicos outros não, relacionados à aparência de velho do Doutor, que tem seu melhor momento na cena em que está em um beco, conversando com um mendigo. É neste momento que ele tem tempo de se olhar no espelho e questionar sua escolha inconsciente para aquele determinado rosto (fazendo inclusive uma referência ao fato de que Capaldi já teve uma participação especial na série, interpretando outro personagem).

Outra situação relacionada à regeneração do personagem é vista através da resistência de Clara (Jenna Coleman) ao fato de que seu melhor amigo mudou de rosto e personalidade. Ironicamente, ela é a companheira que tem mais dificuldades de aceitar a regeneração, embora Clara tenha sido a única a conhecer e ajudar todas as encarnações anteriores do Doutor.

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Por conhecer a história do personagem e por sua experiência com as versões anteriores, Clara teria que ter apenas a preocupação de ainda não ter sido capaz de decifrar a pessoa que está ao seu lado, não sabendo como irá lidar com ela, chegando ao ponto de se questionar se vale a pena continuar viajando ao lado dele. Com isso, ela demonstraria o amadurecimento que a personagem passou com as aventuras vividas ao lado do Doutor. Mas Moffat fez com que Clara incorporasse o pensamento da faixa de público que não aceita a mudança e a aparência de velho do personagem a ponto de desejar o anterior de volta.

Nem David Tennant, nem Smith tiveram que se justificar tanto ao longo de seu primeiro episódio. Lembrando que a escolha de Smith foi muito criticada por fãs da versão clássica da série, por ser considerado muito jovem para o papel. Sua escolha, inclusive, provocou um racha entre os fãs, muitos dos quais deixaram de ver a série por não aceitá-lo.

A necessidade de justificar Capaldi chegou ao ponto de Moffat criar uma cena no final do episódio, como uma última tentativa de convencer os mais resistentes que poderiam ainda não concordar com sua escolha. Fazendo uso de imagem e diálogos que apelam para os sentimentos dos fãs, Moffat criou uma cena que busca (mais uma vez) validar o novo Doutor.

S8DW-27Desconsiderando o fato de que os diálogos que brincam com a idade do novo Doutor são até divertidos e a cena final fará muitos fãs chorarem e gritarem, o episódio levanta a questão: era realmente necessário apelar tanto?

A troca de atores na série é normal a ponto de criar expectativas sobre o novo rumo que ela tomará. O marketing em torno da escolha do ator foi bem sucedido, a ponto dos fãs contarem os dias para conferir sua estreia (alguns já o elegem como o melhor Doutor da série, mesmo sem ter visto um único episódio, apenas a cena da regeneração). Então, para que criar tantas situações e diálogos que têm como único intuito validar Capaldi?

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Não concluam, com isso, que o episódio seja ruim. Pelo contrário, ele é melhor que aquele que introduziu Tennant. É o exagero em cima de uma única questão que incomoda.

Doctor Who se tornou um ídolo de muitas adolescentes. Na época em que Capaldi foi anunciado, li muitos comentários, tanto entre os fãs quanto entre os críticos (a maioria americanos), que chegaram a escrever ‘teses’ do porquê de não aceitarem um ‘velho’ no papel do Doutor. Embora eles sejam a minoria (de acordo com pesquisas da época) e o tempo tenha passado, levando muitos a mudar de ideia, Moffat escreveu Deep Breath para eles e não para quem aceitou feliz a escolha de Capaldi.

No vídeo abaixo, temos trechos da coletiva realizada no Rio de Janeiro. Gravei em celular, por isso a imagem está meio tremida. Durante a coletiva, Capaldi falou sobre a primeira vez que assistiu a série, o que ela significou para ele, e descreveu a personalidade de seu Doutor. Moffat reafirma que a escolha de Capaldi não significa que sua intenção é fazer a série voltar para o passado; e Jenna comenta a relação que surge entre Clara e o novo Doutor.

Ao final de cada episódio, a BBC da Inglaterra oferecerá aos fãs o Doctor Who Extra, uma espécie de Doctor Who Confidential (cancelada em 2011). Este programa acompanhará atores e equipe técnica nos bastidores de produção, e mostrará material de arquivo da história da série, analisando como o passado reflete no presente. Ainda não há informações sobre se o programa será exibido também no Brasil. Na Inglaterra, serão produzidos doze episódios com dez minutos de duração, os quais serão disponibilizados na Internet pela BBC iPlayer e BBC Red Button.

Adendo: Deep Breath estreou no Reino Unido com 6.79 milhões de telespectadores e 32.5% da audiência em seu horário, ao vivo. Ainda faltam os números da audiência somada com o DVR.

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Confiram o trailer do episódio aqui. Cliquem nas fotos para ampliar.

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