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O Que Acontece com o Canal AMC?

Depois de uma difícil e prolongada negociação, que garantiu a continuidade de “Mad Men“, o canal AMC enfrenta um novo período de incertezas, agora com “Breaking Bad“. Pelo que foi divulgado no jornal LA Times, as negociações entre o canal e a produtora Sony Television, para garantir a quinta temporada de “Breaking Bad”, não vão […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 16h25 - Publicado em 2 ago 2011, 15h32

Depois de uma difícil e prolongada negociação, que garantiu a continuidade de “Mad Men“, o canal AMC enfrenta um novo período de incertezas, agora com “Breaking Bad“.

Pelo que foi divulgado no jornal LA Times, as negociações entre o canal e a produtora Sony Television, para garantir a quinta temporada de “Breaking Bad”, não vão nada bem. Segundo o jornal, o canal tenta reduzir custos. Para tanto, pensa em encomendar um número menor de episódios para a quinta temporada da série que, segundo seu criador, deverá ser a última. O AMC pensa em seis ou oito episódios, mas a Sony exige uma temporada completa de 13 episódios. O impasse teria chegado ao ponto da produtora ameaçar oferecer a série para, pelo menos, três outros canais a cabo (procedimento normal das produtoras quando se encontram nesta situação).

Embora o canal negue, a tentativa de reduzir custos também pode ter sido a razão pela qual Frank Darabont deixou a produção de “The Walking Dead“. Segundo o jornal, a série teria sofrido um corte de cerca de 250 mil dólares por episódio.

A razão para o corte nos orçamentos de suas demais séries teria sido a solução encontrada pelo canal para sustentar os altos custos de “Mad Men”, título que garante a respeitabilidade do AMC no mercado.

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Esta produção foi responsável por colocar o canal ‘no mapa televisivo’. Sem ter uma tradição na produção de séries, o AMC decidiu apostar neste projeto depois que a HBO se recusou a investir em uma produção criada e mantida por um desconhecido: Matthew Weiner. No entanto, levando-se em consideração o perfeccionismo e o protecionismo de Weiner para com sua série, é bem possível que estes também tenham sido fatores decisivos na rejeição da HBO ao projeto de “Mad Men”.

Mas, para surpresa geral, a série conquistou rapidamente a crítica internacional, dando ao AMC uma credibilidade instantânea e o incentivo para continuar investindo em novos projetos nessa área. Assim, quando “Breaking Bad” foi recusada pelo canal FX, o AMC recebeu o projeto.

Ter duas séries aclamadas pela crítica deu a ilusão ao canal e ao público de que o AMC tinha o ‘toque de Midas’, o que o tornava capaz de fazer frente à HBO, canal que tem uma tradição na produção de séries aclamadas. De fato, por um tempo, o AMC desbancou a HBO, tanto em nível crítico quanto no circuito de premiações. Baque do qual a HBO ainda não se recuperou. Podemos dizer que, no momento, o ‘trono está vazio’.

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A magia do AMC durou pouco, levando a crítica e o público a perceber que o canal teve sorte com “Mad Men” e “Breaking Bad”. Quanto maior é a receptividade para essas produções, maior é a necessidade de acertar. Esta pressão provou ser mais forte que o canal. Com exceção de “Rubicon“, cancelada com apenas uma temporada, as demais produções oferecidas pelo AMC comprovam que ele não está à altura da fama conquistada.

Buscando popularizar o conteúdo de sua programação, “The Walking Dead”, a versão americana de “The Killing” e o remake de “O Prisioneiro” representam as falhas do AMC, que também pretende investir na produção de reality shows. Segundo a crítica, que já conferiu o piloto de “Hell on Wheels“, a série também não consegue chegar no nível que “Mad Men” e “Breaking Bad” estabeleceram. O que acontecerá ao canal quando estas duas séries encerrarem suas respectivas produções?

A tentativa de redução de custo não é exclusiva do AMC. Todos fazem isso. A diferença é que o canal tem tão poucas produções originais que custa acreditar não ser capaz de mantê-las. É bem verdade que qualidade exige investimento. É por isso que existem tão poucas produções que realmente desenvolvem conteúdo e personagens, mas existem centenas que são lançadas para o puro entretenimento, que geram lucro fácil e rápido.

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Tendo cancelado o desenvolvimento de diversos projetos, o AMC tem, no momento, cinco séries em produção: “Mad Men”, “Breaking Bad”, “The Walking Dead”, “The Killing” e “Hell on Wheels”, que estreia no dia 6 de novembro, nos EUA. Duas de época e três contemporâneas. O problema é que, destas, apenas “The Walking Dead” é produção própria. O que significa que todo o lucro que a série puder gerar vai para o canal. As demais pertencem a outras produtoras, que estabelecem um valor com o AMC para que ele possa exibi-las com exclusividade.

A HBO já passou por essa fase no início da década de 1990, quando investia apenas em sitcoms originais. Mas, quando o canal decidiu investir também em séries dramáticas, tomou a decisão de exibir apenas produções próprias, garantido assim seu lucro na venda internacional e de produtos agregados.

Mas, como disse antes, a repercussão que “Mad Men” teve (e suas consequências) não era esperada. O que deve ter feito com que o canal entrasse nesse meio sem estar de fato preparado e consciente dos riscos.

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Adendo (11/08/20111) – Segundo a imprensa americana, no primeiro trimestre deste ano o canal AMC elevou seus lucros em 22.9% em relação ao mesmo período do ano de 2010.

Em junho de 2011, o AMC se separaou da Cablevision, empresa que o mantinha, passando a fazer parte do grupo AMC Networks. O grupo é formado pelos canais AMC, Sundace Channel, IFC, WE TV e o News 12 Networks, além da rede de cinemas IFC Center e a distribuidora IFC Films. Segundo relatórios divulgados pela imprensa, este grupo teve um aumento de 3.8% no lucro de suas operações.

Fernanda Furquim: @Fer_Furquim

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