Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90
Imagem Blog

Nova Temporada

Por Fernanda Furquim Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.

Notas de falecimentos – Novembro e Dezembro de 2015

Novembro George Barris (1925-2015) Especializado em personalizar carros que ficaram famosos na cultura popular, George Barris faleceu no dia 5 de novembro, aos 89 anos de idade, vítima de câncer. O automóvel mais famoso personalizado por Barris é o Batmóvel, da série Batman dos anos de 1960. George Salamata nasceu no dia 20 de novembro de 1925, em Chicago. […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 15h29 - Publicado em 16 jan 2016, 16h53
George Barris em 1967 (Foto: Gerry Stiles/The Enthusiast Network/Getty)

George Barris em 1967 (Foto: Gerry Stiles/The Enthusiast Network/Getty)

Novembro

George Barris (1925-2015)

Especializado em personalizar carros que ficaram famosos na cultura popular, George Barris faleceu no dia 5 de novembro, aos 89 anos de idade, vítima de câncer. O automóvel mais famoso personalizado por Barris é o Batmóvel, da série Batman dos anos de 1960.

George Salamata nasceu no dia 20 de novembro de 1925, em Chicago. Filho de imigrantes gregos, George perdeu a mãe quando ele ainda era um bebê. Por isso, ele e seu irmão foram morar com o tio em Roseville, onde seu sobrenome foi trocado por um americano.

Obcecado por carros desde pequeno, George começou a criar modelos em madeira quando ainda tinha sete anos de idade. Aos 13, ele e o irmão restauraram um Buick 1925. Na adolescência, ele saía da escola e ia direto para uma oficina de carros onde trabalhava como auxiliar. Aos 18 anos, George se mudou para Los Angeles, onde mergulhou na cultura local e, com amigos, costumava adaptar carros da época, com os quais frequentavam os drive-ins só para exibir sua obra.

Continua após a publicidade
George Barris em 2014 (Foto: Beck Starr/WireImage)

George Barris em 2014 (Foto: Beck Starr/WireImage)

Anos depois, ele e seu irmão criaram sua própria empresa em Compton, a Barris Kustom, com a qual costumizavam automóveis. Eles ficaram conhecidos do público rapidamente. Em 1948, eles participaram do primeiro festival de carros personalizados de Los Angeles, organizado pela revista Hot Rod. Foi assim que o trabalho de George ficou conhecido pelos produtores de Hollywood.

Continua após a publicidade

Várias celebridades se tornaram clientes de George. Entre eles, Frank Sinatra, Bobby Darin, Liberace, Elvis Presley, Sammy Davis Jr., John Wayne, Michael Jackson, e outros. Ele também começou a ser contratado pela produção de séries, como Os Monstros, A Família Buscapé, Mannix, Mamãe Calhambeque/My Mother the Car, Banana Splits e O Carro da Morte/Bearcats!entre outras. Mas foi com Batman que ele ficou mundialmente conhecido.

George e o Batmóvel (Foto: Getty)

George e o Batmóvel (Foto: Getty)

Em 1965, os produtores de Batman o chamaram para criar o Batmóvel. Com poucas semanas para criar um visual do zero, ele fez uso de um antigo carro Lincoln Futura que tinha adquirido na década de 1950. Com a ajuda de Gene Cushenberry, ele modificou o carro, que ficou pronto em três semanas. Ao longo da produção da série, foram preparados cinco automóveis. O primeiro servia para as filmagens dos episódios em geral; o segundo era utilizado para as cenas de ação; um terceiro servia como ‘back-up’; e os dois últimos eram utilizados em eventos para promover a série.

Continua após a publicidade

George foi casado com a decoradora de interiores Shirley Nahas entre 1958 e 2001, ano em que ela faleceu. O casal teve dois filhos, Joji Barris-Paster e Brett Barris.

 

John Ciarcia (Foto: Cindy Ord/Getty Images)

John Ciarcia (Foto: Cindy Ord/Getty Images)

Continua após a publicidade

John Ciarcia (1940-2015)

Ator recorrente da série A Família Soprano, John Ciarcia faleceu no dia 21 de novembro, aos 69 anos de idade. A causa da morte não foi divulgada.

John nasceu no dia 24 de maio de 1940. Proprietário do restaurante Cha Cha’s In Bocca Al Lupo Cafe, ele era conhecido como o ‘prefeito não oficial do Little Italy’, de Nova Iorque. O local é frequentado por diversas celebridades que se tornaram amigas de John, entre elas, Martin Scorsese, Tony Danza, Danny DeVito, Rhea Perlman, Robert De Niro, Danny Aiello, e outras.

Ciarcia (D) em 'A Família Soprano' (Foto: HBO/Arquivo)
Continua após a publicidade

(E-D) Greg Antonacci, Frank Vincent e Ciarcia em ‘A Família Soprano’ (Foto: HBO/Arquivo)

Além do restaurante, ele também atuava como agente de boxeadores amadores, produtor, apresentador de programas de rádio e ator. Sua carreira artística teve início no final da década de 1980, com participações em filmes como Os Bons Companheiros, Hoffa – Um Homem Uma Lenda, Homens de Honra e, mais recentemente, Spy, entre outras produções.

Na TV, ele teve participação nas séries Dellaventura, 100 Centre Street e It‘s Always Sunny in Philadelphia, bem como A Família Soprano, pelo qual ele é mais conhecido entre os fãs de seriados. Nesta última, ele interpretou o gângster Albie Cianflone, introduzido na sexta temporada.

John era casado com a cantora Karen King.

 

Marjorie Lord na década de 1950 (Foto: CBS/Arquivo)

Marjorie Lord na década de 1960 (Foto: CBS/Arquivo)

Marjorie Lord (1918-2015)

Atriz da série  Make Room For Daddy, Marjorie Lord faleceu no dia 28 de novembro, aos 97 anos de idade, de causas naturais.

Descendente de alemães, Marjorie Wollenberg nasceu no dia 26 de julho de 1918, em São Francisco. Quando ela tinha quinze anos, a família se mudou para Nova Iorque, onde Marjorie estudou na American Academy of Dramatic Arts e na Chaliff School of Dance.

Como atriz, estreou na Broadway em 1936 com a montagem de The Old Maid, ao lado de Judith Anderson. Após mais alguns trabalhos no teatro, ela foi contratada pelos estúdios RJO, que a colocou em diversos filmes.

Em 1941, ela se casou com o ator John Archer, com quem foi viver em Hollywood. Na ‘capital do cinema’, ela foi contratada pela Universal, atuando em filmes produzidos pelo estúdio entre as décadas de 1940 e 1950.

Em paralelo à sua carreira no teatro e no cinema, a atriz começou a fazer participações especiais na TV no final da década de 1940. A maioria dos trabalhos de Marjorie na TV foram em teleteatros, mas ela também foi vista em alguns episódios de séries como A Caravana, Zorro – O Cavaleiro Solitário, O Jogo Perigoso do Amor, Nancy Drew Mysteries, A Ilha da Fantasia e O Barco do Amor.

Em 1956, Danny Thomas a convidou a interpretar sua esposa em Make Room for Daddy, substituindo a atriz Jean Hagen (do filme Cantando na Chuva), que deixara a série.

A sitcom estreou em 1953 apresentando a história de Danny Williams (Thomas), um comediante de nightclub, casado com Margaret (Hagen), com quem tem três filhos, Terry (Sherry Jackson) e Rusty (Rusty Hamer). Sem ter muito tempo para dedicar à família, Danny tinha problemas para manter a harmonia em seu casamento, visto que a esposa cobrava constantemente mais participação dele na rotina dos filhos, bem como mais atenção para ela.

Elenco de 'Make Room For Daddy/The Danny Thomas Show' (Foto: CBS/Arquivo)

Elenco de ‘Make Room For Daddy/The Danny Thomas Show’ (Foto: CBS/Arquivo)

Insatisfeita com sua personagem Hagen deixou o elenco da série após a terceira temporada. A partir da quarta temporada, a série mudou o nome para The Danny Thomas Show.

Na história, Margaret morreu, deixando o marido responsável pelos dois filhos. Dividindo-se entre seu trabalho e os cuidados com o filho, ele conta com a ajuda da empregada Louise (Louise Beavers).

Ao final da temporada, Danny conhece Kathy (Marjorie), uma enfermeira irlandesa contratada por ele para cuidar de Rusty, que ficara doente. Também viúva, Kathy é mãe de Linda (Lelani Sorenson e depois Angela Cartwright). No último episódio, Danny e Kathy ficam noivos.

No entanto, a baixa audiência levou a rede ABC a cancelar a série. Ao tomar conhecimento disso, a rede CBS, que procurava por um substituto para I Love Lucy (que estava encerrando sua produção), resgatou a sitcom em 1957. Ocupando o lugar de I Love Lucy, a série se tornou um grande sucesso de audiência, gerando uma spinoff (também famosa): The Andy Griffith Show. O personagem do xerife Andy Taylor (Griffith) foi introduzido em um episódio no qual Danny, passando pela cidade de Mayberry, é  detido.

Marjorie voltaria a interpretar Kathy em episódios crossover de The Danny Thomas Show com os especiais de The Lucy-Desi Comedy Hour e The Joey Bishop Show; bem como nos filmes reunions da série produzidos em 1965, um ano após o cancelamento da sitcom, e em 1967.

Marjorie em 2012. (Foto: y Jason LaVeris/FilmMagic)

Marjorie em 2012. (Foto: y Jason LaVeris/FilmMagic)

As reprises da série garantiram seu contínuo sucesso, o que levou a rede ABC a produzir uma sequência. Make Room For Grandaddy estreou em 1970. Na história, Terry (Jackson) deixa seu filho Michael (Michael Hughes) aos cuidados dos pais, Danny (Thomas) e Kathy (Marjorie), enquanto ela acompanha seu marido, um oficial em serviço em outro país. A série durou apenas uma temporada, na qual ator e cantor Frank Sinatra chegou a fazer participação em um dos episódios.

A atriz se afastou do cinema e da TV no final da década de 1980, passando a dedicar-se unicamente aos seus trabalhos no teatro.

Em 2005, ela publicou sua autobiografia, A Dance and a Hug, que também ganhou uma versão em audiolivro, narrada por ela.

Marjorie foi casada três vezes. Sua união com Archer terminou em divórcio em 1953. Em 1958, ela se casou com Randolph Hale, com quem viveu até 1974, ano em que ele morreu. Em 1976, ela se casou com Harry Volk. A união terminou quando ele morreu em 2000. A atriz teve dois filhos de seu primeiro casamento, Gregg Archer e a atriz Anne Archer (Privileged, Ghost Whisperer).

 

Rex Reason em 'Man Without A Gun'. (Foto: 20th Century-Fox Television/Arquivo)

Rex Reason em ‘Man Without A Gun’. (Foto: 20th Century-Fox Television/Arquivo)

Rex Reason (1928-2015)

Ator das séries Man Without a GunOs Gângster/The Roaring Twenties, Rex Reason faleceu no dia 19 de novembro, aos 86 anos de idade, vítima de câncer na vesícula.

Reason nasceu no dia 30 de novembro de 1928, em Berlim, Alemanha, onde seu pai trabalhava como funcionário da General Motors. A família retornou para os EUA na década de 1940.

Nesta época, Reason começou a investir em uma carreira de ator, participando de montagens da Pasadena Playhouse, em Los Angeles. No início da década de 1950, ele fez um teste para a Columbia, sendo contratado pelos estúdios, atuando como figurante ou fazendo pontas em diversos filmes.

Elenco de 'Os Gângsters', com Reason à esquerda. (Foto:

Elenco de ‘Os Gângsters’, com Reason à esquerda. (Foto:

Ele chegou na TV em 1953, com participações em teleteatros. Ao longo de sua carreira, ele foi visto em episódios de séries como Lanceiros de Bengala, Conflict, Trackdown, 77 Sunset Strip, Bronco, Sugarfoot, The Alaskans, Perry Mason e A Caravana.

Entre 1957 e 1959, ele estrelou o faroeste Man Without a Gun, no qual interpretou Adam MacLean, jornalista que vivia em pequena cidade do Wyoming no final do século XIX onde, com a ajuda do xerife Frank Tallman (Mort Mills), desvendava crimes e levava criminosos à justiça através de suas matérias.

Reason em 1996 (Foto: Derek Storm/FilmMagic)

Reason em 1996 (Foto: Derek Storm/FilmMagic)

Reason voltaria a interpretar um jornalista na série Os Gângsters/The Roaring 20’s, produzida entre 1960 e 1962. A história girava em torno de jornalistas, entre eles Scott Norris, personagem de Reason, que, com a ajuda da cantora de boate Pinky Pinkham (Dorothy Provine), escrevia sobre o mundo do crime na Nova Iorque dos anos de 1920.

O ator se afastou da carreira artística na década de 1970, passando a trabalhar como corretor de imóveis. Ele também fez alguns trabalhos de narração.

Reason foi casado três vezes. A primeira com Joan Johannes, entre 1952 e 1960, com quem teve dois filhos, Andrea Standley e Brent Reason; a segunda com Sanita Pelkey, entre 1962 e 1963. Em 1965, ele se casou com Shirley Hake, com quem ainda vivia.

 

Warren Mitchell em 1967. (Foto: Popperfoto/Getty Images)

Warren Mitchell em 1967. (Foto: Popperfoto/Getty Images)

Warren Mitchell (1926-2015)

Conhecido pela sitcom Till Death Us Do Part, o ator Warren Mitchell faleceu no dia 14 de novembro, aos 89 anos de idade, de causas naturais.

Warren Misell nasceu no dia 14 de janeiro de 1926, em Londres, Inglaterra. Descendente de imigrantes russos, ele cresceu em uma família judia ortodoxa. Mas, na adolescência, Warren se afastou do judaísmo, tornando-se um fervoroso oponente do dogma e das tradições judaicas.

Na década de 1940, com a ajuda da mãe, ele estudou canto e dança. Durante o serviço militar, ele fez amizade com Richard Burton, que o influenciou a se tornar ator. Warren estudou arte dramática na Royal Academic of Dramatic Art. Neste meio tempo, trabalhou como porteiro e sorveteiro.

Ele estreou como ator profissional em 1950, no teatro. Nesta época, ele conheceu a atriz Connie Wake, com que se casou. Seu pai se recusou a ser apresentado à Connie porque ela não era judia, o que provocou um afastamento ainda maior entre ele e o pai.

Elenco de 'Till Death Do Us Apart' (Foto: BBC/Arquivo)

Elenco de ‘Till Death Do Us Apart’ (Foto: BBC/Arquivo)

O ator estreou no cinema e na TV britânica ainda na década de 1950. Ao longo dos anos, ele foi visto em diversas séries e minisséries, entre elas, Danger Man, Man From Interpol, Guillerme Tell, Sir Frances Drake, Maigret, Z Cars, O Santo, Corte Marcial, Os Vingadores e Sweeney – Os Especiais. Mas o sucesso veio com Till Death Us Do Part, sitcom britânica que ganhou uma versão americana com o título de Tudo em Família.

Warren em 2004. (Foto: Cambridge Jones/Getty)

Warren em 2004. (Foto: Cambridge Jones/Getty)

Em 1965, Warren foi contratado pela rede BBC para interpretar Alf Ramsey, personagem de um teleteatro Till Death Us Do Part. O sucesso de público levou a BBC a encomendar a produção de uma série, que foi produzida entre 1966 e 1975. Para a série, o personagem mudou o nome para Alf Garnett, um sujeito preconceituoso e grosseiro que vive com a esposa, a filha, o genro e a sogra em um pequeno apartamento.

Warren voltaria a interpretar Alf em 1981, com a série Till Death, na qual seu personagem está aposentado vivendo com a esposa, a filha e o genro. Esta sequência teve apenas seis episódios produzidos. Entre 1985 e 1992 foi produzida In Sickness and in Health, uma nova sequência da série original, na qual Alf e a esposa, doente, enfrentam a velhice e os problemas do sistema de saúde da Inglaterra. O ator interpretou Alf pela última vez em 1998, no programa australiano The Thoughts of Chairman Alf, no qual o personagem conversa com o público presente.

Em 2004, Warren sofreu um derrame, o qual não o afastou da carreira. Ele voltou aos palcos uma semana depois.

Ele e a esposa tiveram três filhos, Daniel, Rebecca e Anna.

_______________________

Em novembro também faleceu o ator David Canary.

 

Dezembro

 

Douglas Dick na década de 1940 (Foto: Reprodução)

Douglas Dick na década de 1940 (Foto: Reprodução)

Douglas Dick (1920-2015)

Ator convidado em séries produzidas entre as décadas de 1950 e 1970, Douglas Dick faleceu no dia 19 de dezembro, aos 95 de anos de idade, de causas naturais.

Douglas M. Dick nasceu no dia 20 de novembro de 1920, em Charleston, West Virginia, mas cresceu em Versailles, Kentucky. Adulto, mudou-se para Los Angeles com o sonho de se tornar ator.

Ele estreou no cinema em 1945, com o filme A Esperança não Morre. Entre seus filmes mais conhecidos estão Festim Diabólico, Clamor HumanoA Glória de um Covarde. O ator chegou na TV na década de 1950, fazendo participações especiais em teleteatros e, mais tarde, em séries de TV.

Ao longo de sua carreira, ele foi visto em episódios de Richard Diamond Private Detective, Mike Hammer, Bronco, Man With a Camera, 77th Sunset Strip, Aventura Submarina, Nossa Vida com Mamãe/The Donna Reed Show, Aventuras no Paraíso, 87th Precinct, Surfside 6, Hawaiian Eye, Os Amores de Dobie Gilles, Wyatt Earp, Bonanza, Hazel, Perry Mason, Alma de Aço/Run For Your Life, O Agente da UNCLE, The Outsider e Mannix, entre outros.

O ator estrelou uma única série, Waterfront, produzida entre 1954 e 1955. Trata-se de uma série de mistérios que gira em torno de John Herrick (Preston Foster) proprietário de um rebocador que fica atracado no porto de Los Angeles. A cada episódio, ele se envolve, de alguma forma, com algum mistério ou se depara com algum crime, os quais ele precisa solucionar. Dick interpretou Carl, um dos filhos de Herrick que trabalha com o pai. Embora de curta duração, a série chegou a ser indicada ao prêmio Emmy.

Além de ator, Dick também foi escritor, responsável por diversos roteiros de séries como A Feiticeira, Um Caso de Família/The Family Affair, Jeannie é um Gênio, As Sogras e The Second Hundred Years.

Dick se afastou da carreira artística no início da década de 1970, quando se formou em psicologia. Entre 1971 e 2003, ele trabalhou como psicólogo em Los Angeles.

Ele foi casado duas vezes. A primeira com Ronnie Cowan, união que terminou em divórcio em 1960; a segunda com Peggy Chantler. Os dois foram casados entre 1963 e 2001, ano em que ela faleceu.

 

George Clayton Johnson em 1980 (Foto: Ron Galella, Ltd./WireImage)

George Clayton Johnson em 1980 (Foto: Ron Galella, Ltd./WireImage)

George Clayton Johnson (1929-2015)

Roteirista de Além da Imaginação e co-autor do livro Logan’s Run, o qual foi adaptado para o cinema e para a TV, George Clayton Johnson faleceu no dia 25 de dezembro, aos 86 anos de idade, vítima de câncer na vesícula, que se espalhou para a próstata. Segundo seu filho Paul, o roteirista também sofria de uma doença pulmonar crônica.

Johnson nasceu no dia 10 de julho de 1929, em Cheyenne, Wyoming. Quando ainda era adolescente, seus pais se divorciaram, o que o forçou a morar algum tempo com parentes. Aos 15 anos, largou a escola e pediu permissão à mãe para fugir de casa. Ele se alistou no exército, onde atuou como operador de telégrafo e projetista, entre 1946 e 1949. Mais tarde, estudou arquitetura e se mudou para Los Angeles.

Lá, ele começou a escrever contos de ficção científica, o que o levou à TV em 1959. Ao longo de sua carreira, Johnson escreveu roteiros para episódios de séries como Alfred Hitchcock Apresenta, Rota 66, Mr. Novak, Honey West, Jornada nas Estrelas e Kung Fu.

Em 1960, Rod Serling, criador e produtor de Além da Imaginação, leu um dos contos de Johnson e decidiu adaptá-lo para sua série. Com o título de The Four of Us Are Dying, o episódio teve roteiro assinado por Serling, que no mesmo ano adaptou outro conto de Johnson, para o episódio Execution. No ano seguinte, o próprio Johnson foi chamado para escrever roteiros originais. Ao todo, ele escreveu quatro episódios: A Penny For Your Thoughts (com Dick York), A Game of Pool (com Jack Klugman), Nothing in the Dark (com Robert Redford) e Kick the Can. Um outro episódio foi produzido em 1963 com base em outro conto seu, Ninety Years Without Slumbering (com Ed Wynn).

O episódio Kick the Can foi mais tarde selecionado para fazer parte da versão cinematográfica da série, lançada nos cinemas em 1983.

Em 1967, ele e William F. Nolan publicaram o livro Logan’s Run, o qual foi transformado em filme em 1974, com Michael York e Farrah Fawcett (As Panteras). O sucesso do filme levou a rede CBS a produzir a série Fuga das Estrelas/Logan’s Run, entre 1977 e 1978. Com apenas quatorze episódios, a série não conseguiu conquistar a mesma receptividade que o filme ou o livro.

George em 2009. (Foto: Amy Graves/WireImage)

George em 2009. (Foto: Amy Graves/WireImage)

Outro sucesso cinematográfico de Johnson é o filme Onze homens e um Segredo/Ocean’s 11, produzido em 1960. Escrito em parceria com Jack Golden Russell, o filme foi estrelado por Frank Sinatra, Dean Martin, Sammy Davis Jr., Peter Lawford e Joey Bishop. Uma nova versão chegou aos cinemas em 2001, com George Clooney e Brad Pitt. Seu sucesso fez surgir uma sequência em 2004, com Doze Homens e Outro Segredo.

Na vida pessoal, Johnson era vegetariano e foi durante muitos anos defensor da legalização da maconha. Ele também foi um dos muitos profissionais que deram a um grupo de fãs quadrinhos e de ficção científica sugestões sobre como organizar uma convenção. Este grupo viria a criar a San Diego Comic Book Convention, atualmente conhecida como Comic-Con International.

Desde 1952, Johnson estava casado com Lola Brownstein, com quem teve dois filhos, Paul e Judy Olive.

Quando morreu, Johnson estava desenvolvendo uma sequência do livro Logan’s Run, a qual receberia o título de Jessica’s Run.

 

Jason Wingreen em 'A Ilha da Fantasia', em 1982. (Foto: ABC/Arquivo)

Jason Wingreen em ‘A Ilha da Fantasia’, em 1982. (Foto: ABC/Arquivo)

Jason Wingreen (1920-2015)

Ator de Tudo em Família, Jason Wingreen faleceu no dia 25 de dezembro, aos 95 anos de idade, da causas naturais.

Wingreen nasceu no dia 9 de outubro, em Nova Iorque, em uma família judia. Formou-se em Língua Inglesa e Oratória, sendo que chegou a pensar em ser jornalista esportivo mas acabou se interessando pelo teatro, o que o levou a se unir a um grupo teatral. Após o serviço militar, como membro da Força Aérea durante a 2ª Guerra Mundial, Wingreen estreou na Broadway em 1954.

O ator chegou na TV no ano seguinte, fazendo participações especiais em teleteatros e séries de TV. Ao longo de sua carreira, ele foi visto em episódios de Five Fingers, Aventuras no Paraíso, Os Amores de Dobie Gillies, Procurado: Vivo ou Morto, Surfside 6, Bus Stop, Os Intocáveis, Além da Imaginação, Quinta Dimensão, Dr. Kildare, Viagem ao Fundo do Mar, A Lei de Burke, Honey West, Agente 86, Big Valley, James West, A Man Called Shenandoah, Falcão, Inferno nos Céus, Shane, Alma de Aço, O Fugitivo, Besouro Verde, A Garota da UNCLE, Please Don’t Eat the Daisies, Os Invasores, O Agente da UNCLE, Cimarron Strip, Judd, Cowboy na África, Jornada nas Estrelas, Lancer, Os Audaciosos, Missão: Impossível, Galeria do Terror, Glenn Ford é a Lei, Columbo, Cannon, The F.B.I., Gunsmoke, Adam-12, Mod Squad, O Jogo Perigoso do Amor, O Sexto Sentido, Mannix, Bonanza, Medical Center, Kung Fu, A Família Dó-Ré-Mi, Os Novatos, Shaft, Os Novos Centuriões, Têmpera de Aço, Marcus Welby, Ellery Queen, Barnaby Jones, Switch, O Homem de Seis Milhões de Dólares, Police Woman, Costa Brava, Mary Hartman Mary Hartman, A Família Walton, Happy Days, Quincy Corpo de Delito, Casal McMillan, Lou Grant, Kojak, Arquivo Confidencial, As Panteras, Vega$, A Ilha da Fantasia, Starman, Chumbo Grosso, Tiro Certo, O Homem que Veio do Céu, Seinfeld e In The Heat of the Night, entre outras.

Com Carroll O'Connor em 'Tudo em Família' (Foto: CBS/Arquivo)

Com Carroll O’Connor em ‘Tudo em Família’ (Foto: CBS/Arquivo)

Entre 1965 e 1966, ele integrou o elenco de The Long Hot Summer, adaptação do filme O Mercador de Almas. Na história, Ben Quick (Roy Thinnes vivendo o personagem que foi de Paul Newman no cinema) retorna para Frenchman’s Bend para reclamar sua herança. Mas logo ele se vê enfrentando Will Varner (Edmond O’Brien), o chefão da cidade. Wingreen interpretou o Dr. Aaron Clark.

Wingreen em 2014 (Foto: Albert L. Ortega/Getty)

Wingreen em 2014 (Foto: Albert L. Ortega/Getty)

Além de ser reconhecido pelos fãs de séries como ator convidado em dezenas de produções, Wingreen também é lembrado por ter interpretado o barman Harry na sitcom Tudo em Família, na qual teve participações recorrentes. Ele entrou para o elenco da série em 1976, durante sua primeira temporada, ficando até seu final em 1979. Quando a spinoff Archie Bunker’s Place, que deu sequência à Tudo em Família, foi produzida, Wingreen voltou a viver o personagem entre 1979 e 1983.

Entre 1987 e 1991, ele teve participações recorrentes em Matlock, série sobre um advogado sulista interpretado por Andy Griffith. Wingreen dava vida ao juiz Arthur Beaumont que presidiu o tribunal em diversos casos.

Para os fãs de Guerra nas Estrelas, Wingreen é a voz do caçador de recompensas Boba Fett, no filme O Império Contra-Ataca, de 1980, embora ele tenha originalmente feito testes para dar voz a Yoda, personagem que acabou ficando com Frank Oz.

O ator se aposentou na década de 1990. Ele foi casado com Gloria Scott Backe até 1996, quando ela faleceu. O casal teve um filho, Ned Wingreen.

 

Ken Pogue (Foto: Reprodução)

Ken Pogue (Foto: Wintertime)

Ken Pogue (1934-2015)

Ator convidado de séries produzidas entre os anos de 1970 e 2010, Ken Pogue faleceu no dia 15 de dezembro, aos 81 anos de idade, vítima de câncer.

Kenneth Pogue nasceu no dia 26 de julho de 1934, em Toronto, no Canadá. Ele iniciou sua carreira no teatro e no cinema, chegando à TV em 1971, em participações especiais em episódios de séries canadenses e americanas.

Ao longo de sua carreira, ele foi visto nas minisséries Kane & Abel, A Filha do Político, Amerika e Taken, bem como em episódios de O Retorno de Perry Mason, Night Heat, Águia de Fogo, War of the Worlds, The Adventures of Black Stallion, Profissão: Perigo, The Commish, Cobra, Highlander, Sliders, Strange Luck, Rumo ao Sul, The Sentinel, remake de Quinta Dimensão, Cold Squad, Emily of New Moon, Millennium, Viper, Da Vinci’s Inquest, Mysterious Ways, O Vidente, Fringe, Alcatraz e Red Widow, entre outras.

Entre 1986 e 1987, ele integrou o elenco da série canadense Adderly, sobre um ex-agente de campo (Winston Rekert) que, após perder os movimentos da mão esquerda, passa a exercer uma função administrativa, trabalho que odeia. Por isso, sempre que pode ele procura por meios que possam levá-lo a ir além de sua função. Investigando o que há por trás da burocracia e dos protocolos, ele sempre descobre alguma ameaça à segurança nacional ou um espião infiltrado. Pogue interpretou o Major Clack, responsável por transferir Adderly para o setor administrativo.

Pogue era casado com a atriz Diana Barrington, com quem teve dois filhos.

 

Melvin Williams (Foto: David Simon, via Twitter)

Melvin Williams (Foto: David Simon, via Twitter)

Melvin Williams (1941-2015)

Ator da série A Escuta/The Wire, Melvin Williams faleceu no dia 3 de dezembro, aos 73 anos e idade, vítima de câncer.

Melvin Douglas Williams nasceu no dia 14 de dezembro de 1941 em Baltimore, Maryland. Filho de um taxista e de uma assistente de enfermagem, ele largou os estudos quando entrou na adolescência, passando a dedicar seu tempo ao jogo, tornando-se exímio jogador de cartas e de bilhar.

Na década de 1960, ele já atuava como traficante de drogas. Tendo conquistado poder e o respeito dos moradores da região, ele foi convidado pelas autoridades locais a ajudá-los a controlar os movimentos de revolta que surgiram em Baltimore após o assassinato de Martin Luther King Jr.

Ao longo da década de 1970, ele se tornou um importante chefão do tráfico de drogas, o que levou a polícia federal a iniciar uma investigação de suas atividades no início da década de 1980. Ele foi preso em 1984, sendo condenado a 34 anos de prisão. Foi nesta época que o roteirista e produtor David Simon, na época um jornalista, começou a escrever matérias sobre a trajetória de Williams no mundo do crime.

Williams saiu sob condicional em 1996, mas voltou a ser preso em 1999, deixando a cadeia em definitivo em 2003. Determinado a mudar de vida, ele se tornou um mentor e um modelo para diversos jovens que buscaram as drogas como uma solução de seus problemas.

Melvin em foto mais recente. (Foto: BBC)

Melvin em foto mais recente. (Foto: Reprodução YouTube)

Em 2002, estreou pela HBO a série The Wire, criada por Simon, que fez uso de diversas histórias contadas por Williams, bem como pelo detetive Edward Burns, que prendeu Williams, para desenvolver situações e personagens da trama.

Entre os personagens que Simon criou está D’Avon Barksdale, inspirado na vida de vários traficantes, entre eles Williams. O próprio Williams entrou para a série na terceira temporada interpretando Deacon, personagem que permaneceu no elenco até a quarta temporada.

Depois da série, Williams trabalhou em um mercado de pulgas e manteve reuniões periódicas com jovens da comunidade, na tentativa de orientá-los sobre os perigos do uso de drogas e a necessidade de buscar um objetivo saudável na vida. Para tanto, ele contava com o apoio de reverendos e advogados que costumavam participar das reuniões para fazer palestras sobre drogas e o sistema penal.

 

Rose Siggins em 2014 (Foto: Steve Granitz/WireImage)

Rose Siggins em 2014 (Foto: Steve Granitz/WireImage)

Rose Siggins (1972-2015)

Atriz que fez participação na quarta temporada de American Horror Story, Rose Siggins faleceu no dia 12 de dezembro, aos 43 anos de idade, após passar por uma cirurgia cardíaca.

Rose Marie Homan nasceu no dia 8 de dezembro de 1972, no Colorado. Diagnosticada com uma rara doença genética, conhecida como agenesia sacral, ou Síndrome de Currarino, a qual provoca má formação da coluna vertebral do bebê ainda no útero. Em função desta doença, Rose tinha deformação nas pernas. Razão pela qual elas foram amputadas quando Rose tinha dois anos de idade.

A família viveu em um rancho durante toda a infância de Rose, que se locomovia com um skate. Quando ela começou a frequentar uma escola pública, foi-lhe sugerido utilizar pernas artificiais para evitar problemas de relacionamento com os novos colegas. Mas a atriz preferiu continuar fazendo uso do skate como meio de locomoção.

Apaixonada por carros, ela se formou em Gestão Automotiva e foi trabalhar em uma oficina, onde conheceu seu futuro marido, Dave Siggins, com quem se casou em 1999, e com quem teve dois filhos, Luke Ryan e Shelby Cecilia.

Em 2000, ela apareceu em um episódio do programa Acredite Se Quiser e, em 2005, no documentário Extraordinary People – The Woman with Half a Body, onde contou sua história.

Quando a quarta temporada de American Horror Story: Freak Show foi encomendada, os produtores lhe ofereceram um papel. Esta é a única produção na qual Rose atuou como atriz. Na história, situada em um circo de horrores, ela interpretou Suzi, uma das atrações do circo.

Rose é a segunda atriz que apareceu na série que vem a falecer. Em fevereiro de 2015, o ator Ben Woolf faleceu após ser atropelado.

Rose em cena de 'American Horror Story' (Foto: FX/Arquivo)

Rose em cena de ‘American Horror Story’ (Foto: FX/Arquivo)

____________________

Também faleceram em dezembro os atores Robert Loggia, Martin E. Brooks, Wayne Rogers e Marília Pêra.

Cliquem nas fotos para ampliar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
ABRIL DAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.