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Nova Temporada

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Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.

Hoje tem Emmy 2015

Esta noite será realizada mais uma cerimônia de entrega do prêmio Emmy para os melhores da televisão americana. O evento começa a ser transmitido ao vivo pelo canal Warner a partir das 21h. Pouco antes, por volta das 20h, o canal apresenta a chegada dos artistas. Nos EUA, a cerimônia será conduzida pelo comediante Andy Samberg, da […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 31 jul 2020, 00h27 - Publicado em 20 set 2015, 16h46
Andy Samberg (Foto: Television Academy)

Andy Samberg (Foto: Television Academy)

Esta noite será realizada mais uma cerimônia de entrega do prêmio Emmy para os melhores da televisão americana. O evento começa a ser transmitido ao vivo pelo canal Warner a partir das 21h. Pouco antes, por volta das 20h, o canal apresenta a chegada dos artistas. Nos EUA, a cerimônia será conduzida pelo comediante Andy Samberg, da série Brooklyn Nine-Nine.

Entre os apresentadores por categoria anunciados pela Academia estão Adrien Brody, Mel Brooks, Reg E. Cathey, Joan Cusack, Viola Davis, Colin Hanks, Keegan-Michael Key, Zachary Levi, Margo Martindale, Ben McKenzie, Jordan Peele, Fred Savage, Eric Stonestreet, Bradley Whitford, Jaimie Alexander, Anthony Anderson, James Corden, Jamie Lee Curtis, Tina Fey, Will Forte, Lady Gaga, Ricky Gervais, Maggie Gyllenhaal, Marcia Gay Harden, Lena Headey, Taraji P. Henson, Terrence Howard, LL Cool J, Mindy Kaling, Jimmy Kimmel, Rob Lowe, Jane Lynch, Seth Meyers, John Oliver, Amy Poehler, Emma Roberts, Gina Rodriguez, Tracee Ellis Ross, Liev Schreiber, Amy Schumer, John Stamos e Kerry Washington.

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Este será o primeiro ano em que a Academia coloca em prática suas novas regras, anunciadas em fevereiro. Duas delas poderão influenciar diretamente o resultado final, especialmente na categoria de melhor produção (drama e comédia). Trata-se da decisão da Academia de permitir que todos os membros que votaram na fase de seleção também votem na fase de escolha do vencedor. Até 2014, os membros votantes participavam da rodada de indicações, mas nem todos tinham acesso ao voto final (aquele que escolhe o vencedor).

Outra mudança é a de obrigar que todos os membros votantes nas categorias de melhor produção assistam aos seis episódios inscritos por cada série que disputa o prêmio. Até então, estes episódios eram divididos em três pacotes de dois, sendo que cada pacote era enviado a grupos de 300 membros votantes. Desta forma, cada membro votante da fase final julgava as produções por dois episódios (a não ser que ele já tivesse visto a temporada da série quando ela foi exibida na TV).

Com estas duas mudanças, a Academia ‘corre o risco’ de mudar de perfil. Neste momento, avaliando os inscritos pelo perfil já conhecido, o vencedor da noite na categoria de melhor série deverá ser Mad Men, produção que disputa o prêmio pela última vez. Vencedor por quatro anos seguidos, Mad Men perdeu seu favoritismo quando Homeland ganhou o Emmy por sua primeira temporada. Desde então, a série criada por Matthew Weiner vem se mantendo na corrida, mas não tem conseguido levar o prêmio de melhor produção. Esta será sua última chance de se equiparar a Frasier e Modern Family, as únicas produções a ganhar cinco Emmy de melhor série. Se sair vencedora, ela será a primeira produção dramática a ter esta conquista.

Mad Men entra na disputa com uma temporada forte. Tendo feito uma excelente despedida, a série conseguiu definir os destinos de cada personagem sem correria ou reviravoltas mirabolantes. Também não fez o tradicional ‘resolvo tudo no último episódio’, nem tentou se despedir com finais incompletos. Weiner conseguiu estabelecer um fim para a série oferecendo um novo começo na vida da maioria dos personagens (que precisavam de uma definição para suas respectivas situações).

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A vitória de Mad Men está ameaçada por Game of Thrones que, pela primeira vez desde sua estreia, tem uma chance verdadeira de sair com a estatueta de melhor série dramática, graças (unicamente) às mudanças de regra da Academia, já citadas. Sem isso, ela não teria a menor chance. Isto porque produções de ficção científica/fantasia não são tradicionalmente bem recebidas pelos membros que votam (ou votavam) na fase final do Emmy. A única série que conseguiu furar o cerco foi Lost e, mesmo assim, em seu primeiro ano quando os elementos fantásticos não predominavam na trama, mais voltada a narrar histórico e situação atual dos personagens.  Nesta temporada, Game of Thrones tem como grande trunfo a situação vivida por Cersei, que passa por uma espécie de inquisição, na qual é forçada a confessar (alguns de) seus crimes.

Na categoria comédia, uma forte candidata é Transparent. Sua vitória poderia estabelecer em definitivo as produções dos sites de streamings que, até agora, tem conseguido, no máximo, prêmios de melhor ator/atriz, entre as categorias consideradas as mais importantes. O trunfo da série é o de lidar com um tema polêmico, importante e atual: a crise de identidade sexual de um indivíduo e como sua decisão de mudar de sexo atinge as pessoas que estão à sua volta. O problema de Transparent é que ela não é uma comédia, mas um drama que apresenta situações que podem ser consideradas por alguns (e outros não) como cômicas. Pelo perfil tradicional da Academia,  é mais fácil o protagonista de Transparent levar o prêmio de melhor ator que a série sair vitoriosa em sua categoria.

Até agora, os membros votantes da fase final têm dado preferência às produções que representem claramente sua categoria, ou seja, comédias de fato. Com exceção de Ally McBeal (que era mais comédia que drama), nenhuma dramédia levou o prêmio até hoje. Mas, se as novas  regras na votação podem influenciar a escolha de melhor série dramática, ela também poderá exercer uma mudança na escolha de melhor comédia, o que faz com que Transparent tenha alguma chance, por menor que seja.

No caso da Academia manter seu perfil tradicional, Veep tem chances de se tornar a premiada nesta categoria, desbancando Modern Family, série que vem levando o Emmy de melhor comédia nos últimos cincos anos. Desgastada, esta produção tem poucas chances de ultrapassar Frasier com uma sexta vitória. Já a comédia política Veep, que vem crescendo em qualidade a cada temporada, disputa o prêmio com episódios sólidos e que a estabelecem como uma ótima representante do gênero comédia. Além disso, considerando o fato de que os EUA está passando por um período de seleção de candidatos que disputarão a presidência no ano que vem, o humor da Academia pode estar mais receptivo à proposta de Veep que de Modern Family ou Transparent.

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Na categoria minissérie, Olive Kitteridge é a grande favorita da noite. Drama intimista, com uma abordagem delicada e profunda, a história apresenta a trajetória de um casal conformista em diferentes fases de sua vida. O que poderia prejudicar a vitória desta produção seria seu tom depressivo, algo que os membros (tradicionais) da Academia não gostam. Mas, considerando que a maioria de seus concorrentes também trazem este tom depressivo, não dá para afirmar que esta questão seja um impedimento.

Entre as categorias disputadas pelos atores, temos, ano a ano, profissionais que se destacam de tal forma que se tornam, inegavelmente, os favoritos. Sua vitória é esperada e, quase sempre, confirmada pela Academia. Este ano não deverá ser diferente, embora possam ocorrer surpresas, é claro!

Na categoria de melhor atriz em série dramática, a favorita da noite é Viola Davis, que disputa o prêmio pela série How to Get Away With Murder. Viola reúne vários elementos que a tornam a preferida dos críticos. Duas vezes indicada ao Oscar de melhor atriz, ela disputa o prêmio Emmy com uma personagem forte, bem sucedida e determinada que (no episódio inscrito pela atriz) sofre um revés emocional. Na história, ela é uma advogada que tenta reverter uma condenação à morte. Ao longo do episódio, ela consegue levantar evidências que geram dúvidas quanto a culpabilidade do crime. Além disso, durante a tradicional cena de tribunal, sua personagem, de forma emotiva, aborda temas como racismo e governo x povo. Ao final do episódio, o público testemunha a fragilidade desta mulher que, até então, parecia estar no controle de suas emoções. Na cena, ela se humilha diante do marido que a traiu com outra, perdoando seus pecados e confessando sua dependência por ele.

Embora a vitória de Viola pareça ser certa, torço por Robin Wright. Com uma interpretação mais sutil, delicada e profunda, ela consegue explorar todas as nuances de sua personagem em House of Cards, que passa por uma situação semelhante à da advogada interpretada por Viola.

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No episódio inscrito por Robin, a Primeira Dama Claire está na Rússia, onde luta para libertar um americano gay da prisão. Após longas negociações, conduzidas por seu marido com o presidente russo, ela consegue a promessa do governo de libertar o ativista. Ao longo do episódio, Claire passa um longo período na cela em que o americano foi preso, tentando convencê-lo a dar uma declaração à imprensa, reconhecendo seus crimes e elogiando o governo russo. Quando ele se recusa a se submeter a esta encenação em troca da liberdade, Claire inicia uma transformação interna (emocional e ideológica) que culmina com sua declaração final à imprensa, a qual expõe sua fragilidade. Mais tarde, Claire enfrenta a ‘traição’ do marido que se opõe à sua atitude, em uma cena em que ela questiona sua posição no casamento e no governo.

Outra categoria que tem um vitorioso ‘certo’ é a de melhor ator em minissérie ou telefilme, para David Oyelowo, por Nightingale. Infelizmente, quando a Academia dividiu esta categoria, ela limitou a separação às produções, deixando que os atores de minisséries continuassem a disputar o Emmy com aqueles que estrelam telefilmes. Com isso, Richard Jenkins, de Olive Kitteridge, tem poucas chances de levar o prêmio tão merecido (embora eu continue torcendo por ele).

Único ator do telefilme, Oyelowo interpreta um ex-soldado que, após matar a mãe, passa a viver sozinho na casa, na companhia de sua consciência. Ao longo do telefilme, o público acompanha o vai e vem emocional do personagem que ora parece calmo e seguro, ora perde o controle e se torna violento. Oyelowo oferece uma ótima interpretação, mas que poderia ser comparada a uma gangorra, por ir de um extremo ao outro. Na minha opinião, o ator não conseguiu explorar as nuances do personagem, o que faz com que o telespectador fique à espera de uma explosão emocional a qualquer momento, desde a primeira cena. Já Jenkins oferece uma composição de personagem mais sutil e intimista, que explora com profundidade e segurança as nuances de um homem de meia-idade vivendo em um casamento desgastado com uma mulher dura, que é incapaz de demonstrar afeto. Apesar disso, seu personagem consegue manter um olhar romântico sobre a vida, tornando-se capaz de enxergar a beleza nas pessoas e no que está à sua volta.

Na categoria de melhor ator em série cômica, o favorito é Jeffrey Tambor, por Transparent, um prêmio que seria merecido. No entanto, temos que lembrar que o ator disputa a categoria com uma série que não se enquadra de fato neste gênero. Caso os membros votantes levem isto em consideração, Will Forte pode ter alguma chance por seu trabalho em The Last Man on Earth. Ele concorre pelo episódio piloto, no qual interpreta o último sobrevivente na Terra, assim lhe parece. Na primeira parte do episódio, ele interpreta o que podemos chamar de monólogo sobre a solidão; na segunda parte, vemos como o personagem reage ao encontrar com aquela que seria a última mulher na Terra, e na forma como ele constrói sua relação com ela. Esta é uma boa produção, que traz ótimos protagonistas, mas um elenco de personagens coadjuvantes (que vão surgindo ao longo da temporada), muito fraco.

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Entre os demais atores que disputam o Emmy, o prêmio poderá ficar com Jon Hamm (Mad Men), Jonathan Banks (Better Call Saul), Lena Headey (Game of Thrones), Julia Louis-Dreyfus (Veep), Tony Hale (Veep), Allison Janney (Mom), Frances McDormand (Olive Kitteridge), Bill Murray (Olive Kitteridge) e Sarah Paulson (American Horror Story).

Confiram aqui os indicados ao Emmy de 2015 (categorias séries e minisséries); e aqui a lista dos episódios pelos quais séries e atores disputam o prêmio.

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