Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Nova Temporada

Por Fernanda Furquim Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este é um espaço dedicado às séries e minisséries produzidas para a televisão. Traz informações, comentários e curiosidades sobre produções de todas as épocas.

‘Orange Is The New Black’, nova série original do Netflix

Orange Is The New Black, nova série original do site Netflix, estreou esta semana em todos os países onde a empresa opera, incluindo o Brasil. Adaptada por Jenji Kohan (Weeds) da obra autobiográfica de Piper Kerman, a série tem treze episódios produzidos para sua primeira temporada (todos já disponíveis no site de streaming). Quando era mais […]

Por Fernanda Furquim Atualizado em 1 dez 2016, 16h05 - Publicado em 13 jul 2013, 17h24

Orange Is The New Black, nova série original do site Netflix, estreou esta semana em todos os países onde a empresa opera, incluindo o Brasil. Adaptada por Jenji Kohan (Weeds) da obra autobiográfica de Piper Kerman, a série tem treze episódios produzidos para sua primeira temporada (todos já disponíveis no site de streaming).

Quando era mais nova, Piper Chapman (Taylor Schilling) se envolveu com Alex Vause (Laura Prepon, de That 70s Show), de quem se tornou amante. Viajando por diversos países, Piper ajudou Alex a transportar dinheiro conseguido pela venda de drogas. Depois que elas se separaram, Piper voltou a morar nos EUA, onde ficou noiva de Larry Bloom (Jason Biggs, de Mad Love), um escritor filho de um advogado.

Planejando seu casamento e iniciando um negócio próprio com a sócia e melhor amiga Polly Harper (Maria Dizzia), Piper descobre que alguém a denunciou para a polícia. Visto que o crime que ela cometeu leva doze anos para prescrever, e só se passaram dez, ela é condenada a treze meses a uma prisão de segurança mínima.

Encarcerada em uma cadeia em Connecticut, ela entra em contado com diversos tipos de mulheres que se encontram no local por diferentes crimes.

Entre elas, a russa Galina Reznikov (Kate Mulgrew, de Star Trek: Voyager e NTSF:SD:SUV), mais conhecida como Red, uma detenta que está no comando da cozinha; Tiffany Doggett (Taryn Manning, do remake de Havaí 5-0), uma ex-adolescente problema que se tornou evangélica; Nicky (Natasha Lyonne), uma lésbica viciada em drogas; Crazy Eyes (Uzo Aduba), uma lésbica que se interessa por Piper; Erica Jones (Constance Shulman), uma hippie que dá aulas de yoga; Big Boo (Lea DeLaria), uma detenta que sofre de câncer; e Sophia (Laverne Cox), uma transexual afro-americana, entre outras.

Continua após a publicidade

Natalie Figeroa (Alysia Reiner), mais conhecida como Fig, é a diretora da instituição que desvia verbas enquanto tenta manter as aparências. Entre o quadro de funcionários estão o sr. Healy (Michael Harney), um homem preconceituoso que atua como o supervisor e conselheiro das detentas; Caputo (Nick Sandow), diretor assistente que tenta fazer o melhor que pode dentro do sistema; Bennett (Matt McGorry), um agente penitenciário que se apaixona por uma das detentas; e Mendez (Pablo Schreiber) um dos guardas que busca tirar proveito de sua posição.

Taylor Schilling e Piper Kerman

Continua após a publicidade

Apesar do tema, Orange Is The New Black está longe de ser comparada a Capadócia ou mesmo Oz. A série trata de temas importantes e pesados de forma leve, chegando a sustentar algumas situações cômicas. Em outras palavras, é uma dramédia. A estrutura narrativa, ao menos na primeira parte da temporada, é a mesma que foi utilizada por Lost. Cada episódio, situado no tempo presente, traz flashbacks das vidas das personagens, revelando ao público o passado de cada uma e as razões que as levaram para a prisão sem necessariamente seguir uma ordem cronológica. Cada episódio é focado na história de uma personagem.

Por ser uma prisão de segurança mínima, as detentas têm diversas regalias. Na verdade, a prisão está mais próxima de um internato com regras rígidas. Apesar de introduzir diversos problemas inerentes ao sistema penitenciário, a série dá mais atenção aos dramas pessoais das detentas e às relações sociais.

Em entrevista à revista EW, Kohan disse que conversou com o diretor de uma instituição mental que já tinha trabalhado em presídios femininos e em prisões só para homens. Ao perguntar a ele qual a principal diferença entre os dois tipos de presídios, ele respondeu que nas prisões só para homens, os detentos agem como animais que matam. Já nas prisões femininas, as mulheres buscam se unir para formar uma família. E foi esta a abordagem que Kohan deu a Orange Is The New Black.

Continua após a publicidade

Quando Piper chega na cadeia, ela não conhece as regras, a rotina ou as pessoas. Tudo o que ela sabe sobre a vida nas prisões ela leu nos livros. Temendo apanhar ou ser violentada, ela tenta se manter afastada de grupos e dos problemas das demais detentas. Aos poucos, conforme vai se acostumando ao novo ambiente, Piper descobre a história e a personalidade de cada uma. Junto com ela (ou até mesmo antes dela), o público percebe que a série não é sobre Piper ou o sistema penitenciário, mas sobre relacionamentos, sejam familiares ou sociais.

Apesar das diferenças de raça, religião e opiniões, as detentas formam uma forte corrente, respeitando os espaços e limites de cada uma, sem deixar de lado a inevitável luta pelo poder. É Piper quem não se enquadra. Reagindo como se fosse uma adolescente obrigada a viver em um internato, ela faz o que pode para se integrar em um ambiente diferente daquele em que foi criada. Enquanto não percebe que a melhor forma de sobreviver é aceitar sua situação e se importar com as pessoas, ela vai conquistando e perdendo a amizade das detentas com a mesma facilidade.

O sexo faz parte da série, sendo apresentado como uma forma das detentas se sentirem amadas, satisfeitas ou subjugadas. Ainda assim, sua exploração é mais discreta em comparação às imagens que normalmente são apresentadas nas produções da TV a cabo.

A série também explora diversos clichês e oferece situações previsíveis, sendo que vários problemas são rapidamente solucionados ou deixados de lado (alguns deles por não terem solução). Ainda assim, em se tratando de um drama leve, Kohan é capaz de oferecer bons roteiros e construção de personagens, que conseguem segurar o interesse do telespectador e entreter ao longo de toda temporada. Não se trata de uma série imperdível, mas que vale a pena assistir.

Continua após a publicidade

Orange Is The New Black já foi renovada para sua segunda temporada, que estreia no Netflix em 2014.

Cliquem nas fotos para ampliar.

Continua após a publicidade

Jenji Kohan

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=nryWkAaWjKg&w=620&h=330%5D

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.