‘Museu do Éden’ estreia no +Globosat

Florence e Camille de ‘Museu do Éden’ (Fotos: Radio-Canada/+Globosat)

Hoje, à meia-noite, o canal +Globosat estreia Museu do Éden/Musée Eden, série franco-canadense que tem nove episódios produzidos para sua primeira temporada, exibida no Canadá em 2010 pela Radio-Canada.

Vencedora do prêmio Gemini (o Emmy canadense) por sua trilha sonora, a série chegou a ser renovada para a segunda temporada, que ganhou a encomenda de seis episódios. No entanto, cortes no orçamento levaram o canal a cancelar a série antes do início da produção dos novos episódios.

A história é situada em Quebec no ano de 1910. As irmãs Florença (Laurence Lebouef) e Camille Courval (Mariloup Wolfe) herdam o Museu do Éden após a morte do tio, assassinado por alguém que continua aterrorizando a cidade.

Camille e Florença são filhas de um advogado que trabalha em Manitoba, onde as irmãs passaram a maior parte de suas vidas. Interessada no sistema judiciário, Camille leu os livros que encontrou na biblioteca do pai, o que lhe deu base para se tornar sua assistente, ajudando-o a elaborar diversas estratégias de defesa.

Ela e a irmã chegam em Quebec para assumir o comando do Museu do Éden, onde estão expostas estátuas de cera que retratam crimes famosos ocorridos na cidade. Ao contrário da irmã, Florença é uma jovem mais ingênua e generosa. O que não a impede de ser capaz de avaliar e perceber a verdadeira natureza das pessoas.

Entre os personagens que elas encontram na cidade está Étienne Mone (Éric Bruneau), editor idealista do Montreal Press, veículo que ele utiliza para denunciar abusos do poder, corrupção e injustiças. Apesar de sofrer constantes ameaças e pressões do governo local, Étienne está determinado a seguir em frente com seu trabalho. Tem também Louis Morin (Vincent-Guillaume Otis), um jovem escultor e inventor fascinado pela eletricidade, o cinema, o automóvel, a aviação e o telefone, invenções que ele considera extraordinárias e com as quais ele sonha, um dia, fazer sua fortuna.

O Dr. Edmond Boyer (Paul Docet) também é um homem com a mente voltada para o futuro. Fascinado pela medicina forense e as novas técnicas de investigação, Boyer considera a ciência seu maior prazer. Mas, para sua decepção, a sociedade, em especial o sistema judiciário, ainda não estão preparados para as mudanças que os novos tempos trazem. Suas técnicas não são aceitas pelo tribunal e, na maior parte das vezes, ele precisa enfrentar a hostilidade da polícia, que não permite seu envolvimento voluntário nas investigações dos crimes que vêm ocorrendo na cidade.

As ideias de Boyer batem de frente com as do Dr. Boutet (Benoît Brière), médico legista que, embora tenha interesse em modernizar as técnicas de investigações e reformar o sistema, ele assume uma postura mais prudente. Boutet acredita que as mudanças devem ser graduais, para evitar conflitos.

Outro médico que atua na cidade é o Dr. Victor Désilet (Jean-Nicolas Verreault), um alcoólatra e drogado que, para manter seu vício, realiza abortos. Tratando as mulheres como seres inferiores, Désilet não demonstra qualquer compaixão por suas pacientes ou remorso pela forma como as trata.

O departamento de polícia está sob o comando do Inspetor Dagenais (Guy Nadon), um homem cruel, corrupto e manipulador que impõe sua lei há mais de 20 anos. Cobrando uma percentagem do lucro obtido por prostitutas, casas de apostas, ladrões e contrabandistas, Dagenais oferece sua proteção. Em suas investigações, ele fabrica provas e extrai falsas confissões para finalizar seus casos.

No elenco também estão Jacques L’Heureux, como Bellemaire, o tabelião; Gaston Lepage, como Gustave Filion, advogado que já está cansado de lutar contra o sistema; e Suzanne Champagne, como Madame Lapórte, fiel secretária de Filion que por dez anos trabalhou com o Dr. Boutet.

Criada por Gilles Desjardins, Musée Eden é uma produção da Sovimage.

Cliquem nas fotos para ampliar.

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