‘The Last of Us’: o efeito consagrador da série para chileno Pedro Pascal
Astro principal da estreia arrasadora da HBO, ator deixa para trás outros latinos em Hollywood, como os brasileiros Wagner Moura e Rodrigo Santoro
A cena é de tirar o fôlego. Depois de causar o maior rebuliço na corte em Porto Real, o príncipe Oberyn se voluntaria para lutar em uma disputa por combate contra o cavaleiro Gregor Clegane, conhecido como A Montanha. O duelo é feroz. Oberyn busca vingança contra Clegane, o homem que teria assassinado parte de sua família. O desfecho imprevisível e absolutamente memorável da batalha, exibida na série Game of Thrones, da HBO, marcou a carreira do ator chileno Pedro Pascal, de 47 anos. Agora, na pele do sobrevivente Joel Miller, em The Last of Us, que estreou neste domingo, 16, na HBO Max, o astro se firma como um dos nomes mais promissores de Hollywood, passando para trás outros latinos que também tentaram a sorte por lá, como os brasileiros Wagner Moura e Rodrigo Santoro.
Nascido no auge da ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, Pedro Pascal se mudou com a família ainda bebê para a Dinamarca em busca de asilo político. De lá, a família se mudaria mais uma vez para a Califórnia, onde se estabeleceria. Nos Estados Unidos, Pascal estudou artes cênicas e participou de várias séries, mas sem nenhum destaque, como Buffy, a Caça Vampiros, The Good Wife, Homeland, The Mentalist e Graceland. Foi apenas após o marcante papel em Game of Thrones, em 2014, que ele de fato despertou atenção global. De lá para cá, atuou como o investigador Javier Peña da premiada Narcos, da Netflix, e como o Mandaloriano na série The Mandolarian, da Disney+.
Com a estreia de The Last of Us, o nome de Pedro Pascal voltou, merecidamente, aos trending topics das redes sociais. No enredo, ele interpreta Joel Miller, que tenta lidar com a perda da filha para um fungo mortal que destruiu a civilização, transformando a maioria dos humanos em zumbis. Ele encontra uma razão de viver ao conhecer a jovem Ellie (interpretada por Bella Ramsey), e desenvolve com uma relação de pai e filha. Juntos eles embarcam numa viagem pelo perigoso interior dos Estados Unidos em busca de uma cura para o mal. “Eu não poderia ter tido mais sorte de poder trabalhar com Bella Ramsey. Ela foi escolhida como Ellie antes de eu ser escalado como Joel. Não consegui encontrar com ela no set de Game of Thrones, mas quando soube que ela iria estar em The Last of Us, foi muito emocionante”, disse Pascal em entrevista a VEJA.
Com uma classificação altíssima de 99% de críticas positivas no site The Rotten Tomatoes, a série teve um início excelente e, apesar de ainda estarmos em janeiro, ela já se firma como uma das grandes apostas do ano. Vai precisar de muito mais do que um fungo mortal para derrubá-la.