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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

‘Pacificador’, da HBO Max, põe em cena super-herói racista e vilanesco

Derivada de 'Esquadrão Suicida', a série mira os absurdos de uma sociedade guiada por fake news e violência

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h22 - Publicado em 14 jan 2022, 06h00

Vestido só com um avental hospitalar, daqueles que mal cobrem a frente do corpo, Chris Smith, mais conhecido como Pacificador, acaba de receber alta. Assassino profissional, ele sobreviveu ao tiro levado na última missão do Esquadrão Suicida — em trama apresentada pelo alucinado filme que, em 2021, redimiu os vilões da DC Comics. Como nenhuma autoridade está no hospital para levá-lo de volta à prisão, o malfeitor que acredita ser super-herói, vivido por um inspiradíssimo John Cena, pede ajuda a Jamil, o faxineiro árabe que está limpando o corredor. Questionado sobre a razão pela qual foi preso, o Pacificador responde: “Integridade”. Jamil, então, gargalha da piada que está diante dele: “Você é o super-herói racista” que “só mata minorias”. Para limpar sua barra, ele promete ao faxineiro que aumentará a porcentagem de brancos sob sua mira.

O Esquadrão Suicida

Irônica e cheia de incorreção, a cena inicial da série Pacificador, da HBO Max, é um aperitivo dos oito episódios criados por James Gunn, diretor que fez sucesso com Guardiões da Galáxia, da concorrente Marvel, antes de reinventar o Esquadrão Suicida no cinema. Um desmiolado apaixonado pelos próprios músculos, Pacificador é, também, um solitário ingênuo criado por um pai da pior estirpe e guiado por fake news. Tipo que, fora o uniforme ridículo, encontra muitos equivalentes na vida real.

Esquadrão Suicida Vol. 1: DC Vintage

O personagem nasceu como um diplomata e defensor da paz em 1966, numa HQ da editora Charlton Comics, e foi adquirido pela DC nos anos 1980, ganhando diferentes encarnações. Agora vilanesco, ele veio engrossar o filão de heróis para adultos, com um pé na comédia ácida de um Deadpool e outro na amoralidade dos superpoderosos de The Boys. Ao debochar dos excessos do gênero, a série trata ainda dos pecados da sociedade americana, como o enraizado supremacismo branco, a corrupção e o gosto por armas.

Esquadrão Suicida: Vivendo no Limite
Esquadrão Suicida: Ponto sem Volta

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Ao deixar o hospital, o brucutu é recrutado por oficiais dissidentes das missões do Esquadrão Suicida, para exterminar pessoas apelidadas de “borboletas” — tidas como altamente perigosas. Os novos colegas de trabalho são um combo de minorias, com mulheres, negros e uma jovem lésbica, que terão de aturar e (tentar) reeducar o Pacificador e seu amigo, o hilário Vigilante (Freddie Stroma), que entra de penetra na missão. O mascarado é outro que confunde integridade com justiça feita pelas próprias mãos. Felizmente, essa arraigada visão maniqueísta hoje está em xeque — até nas tramas de super-heróis.

Publicado em VEJA de 19 de janeiro de 2022, edição nº 2772

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