Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99
Imagem Blog

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

‘O Cangaceiro do Futuro’: Lampião defende gays e feminismo na Netflix

Nova série de Halder Gomes estrelada por Edmilson Filho faz releitura engraçada do rei do cangaço

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 24 dez 2022, 11h00

No tempo presente, Virguley (Edmilson Filho) é um nordestino tentando sobreviver em São Paulo, mas sem muito sucesso. Além de ser um entregador de comida incompetente, se apresenta no centro da capital paulista se fantasiando de Lampião, o rei do cangaço, com quem se parece muito, para ganhar alguns trocados. Mas, assim como no século passado, as terras não têm lei quando se há valentões querendo tirar vantagem dos mais fracos. O protagonista acaba levando um soco de um malandro e vai parar no passado, mais precisamente em 1927. Fácil de ser confundido com o verdadeiro Lampião, o coitado se aproveita da confusão para tentar virar o jogo da própria vida ao se encantar por Maria (Chandelly Braz), uma mulher que não quer ser submissa, inclusive, sonha em entrar para o cangaço. O enredo escrito por Halder Gomes, o criador de Cine Hollúdy, é de O Cangaceiro do Futuro, nova série de comédia da Netflix que estreia neste, 25, para mostrar uma releitura divertida do contraventor que aterrorizou o sertão no século passado.

Tirando vantagem da farsa e com medo de pistoleiros sangue-frio, Virguley reúne um bando inusitado. Além de Maria, conta com um cego, outro que mal sabe falar e até um idoso. Contrapondo o verdadeiro Lampião, o farsante não se acanha de acolher na trupe uma cafetina e outras mulheres destemidas que também querem ser cangaceiras. Com discursos feministas inspirados pela amada, o personagem ainda se mostra mais inclusivo do que nunca ao receber um jovem “não-binário”, Amaro (Max Petterson), que é incentivado a ser quem quiser, desafiando a exigência de ostentar macheza imposta pela sociedade daquela época.

O véu progressista da série realça o brilho de O Cangaceiro do Futuro, que bebe da fórmula de Cine Holliúdy para causar risos provocados pela espontaneidade do povo cearense e seu jeito peculiar de se expressar, com gírias locais, como “boi rufião”, referente a um boi que não consegue acasalar e precisa de outro para assumir sua função, uma forma regional para designar um “corno”. De sete episódios, VEJA teve acesso antecipado a três, que introduzem de forma concisa a jornada do herói nada convencional. E, até este ponto, foi primoroso acompanhá-la.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.