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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

‘Nosso Jeito de Ser’ põe atores autistas para retratar sua condição

Série mistura humor e conflitos da juventude para narrar rotina de trio de amigos dentro do espectro do autismo

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 jan 2022, 11h16 - Publicado em 25 jan 2022, 11h09

Harrison (Albert Rutecki), Violet (Sue Ann Pien) e Jack (Rick Glassman) têm 25 anos e se conhecem desde o jardim de infância. O trio mora na Califórnia com Mandy (Sosie Bacon), que incentiva os amigos a conquistarem independência. A trama de Nosso Jeito de Ser (As Wee See It, no original), que estreou na Amazon Prime Video na sexta-feira, 21, parece mais um enredo comum sobre amadurecer e tomar as rédeas da própria vida, mas a produção tem um diferencial: o trio de protagonistas está inserido no espectro autista, e Mandy não é uma simples amiga, mas uma supervisora que acompanha o grupo entre as crises e conquistas do dia a dia.

Baseada na israelense On the Spectrum, a série de oito episódios mistura drama e comédia para lançar luz não apenas sobre as potencialidades e dificuldades dos autistas, mas também sobre os desafios de familiares e amigos para lidar com a condição. Logo no primeiro episódio, é revelado que o pai de Jack está com câncer, e sua maior preocupação é que o garoto, que acabou de ser demitido por ofender o chefe, consiga tocar a vida sem ele. Enquanto isso, o irmão de Violet tenta proteger a irmã das armadilhas dos aplicativos de relacionamento, ameaçando tirar-lhe o celular, e Mandy se esforça para que Jack, que tem dificuldades em sair de casa, consiga chegar até a padaria da esquina sozinho. Nos episódios de 30 minutos, os protagonistas e familiares enfrentam dificuldades para se entender, e a empatia e a paciência se mostram essenciais para que a relação se torne mais leve, sem ignorar os percalços no meio do caminho.

Seguindo o rastro de sucessos como The Good Doctor e Atypical, que conquistaram o público ao dar visibilidade a um assunto até então pouco falado, a produção dá um passo à frente ao colocar três atores que integram o espectro para interpretar os protagonistas – nas séries citadas, o prodígio Dr. Shaun Murphy (Freddie Highmore) e o jovem Sam Gardner (Keir Gilchrist) são interpretados por atores que nunca sentiram na pele os preconceitos e dificuldades impostas pela condição. Isso, combinado ao fato de a série ter três protagonistas, faz com que a produção forneça um retrato plural sobre o autismo: apesar de partilharem da mesma condição, os protagonistas são extremamente diferentes, e lidam com situações inerentes à juventude, como conflitos amorosos, o medo da independência e problemas com autoridade. Em última instância, a produção é um “coming of age” delicioso – e uma representação do espectro pouco vista nas telas.

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