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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Na trilha de ‘O Caso Evandro’, confira 5 bons documentários criminais

Séries que reinvestigam casos do passado atraem o público ao observar os casos por um viés social e cultural, além de encontrar falhas em julgamentos

Por Tamara Nassif 16 jun 2021, 10h22

Em 6 de abril de 1992, um motivo trágico fez com que a pequena cidade de Guaratuba, no Paraná, parasse no noticiário de todo o país: o corpo de Evandro Caetano, de 6 anos, foi encontrado com mãos e dedos dos pés cortados, a cabeça escalpelada e as vísceras retiradas. A investigação, que culminou na prisão de quatro pessoas voltou à ordem do dia graças ao podcast O Caso Evandro, de Ivan Mizanzuk. O impacto da narrativa foi tanto que a história se desdobrou em livro e em uma bem-sucedida série no Globoplay. Popular, a atual onda do filão de documentários criminais se sustenta ao reinvestigar casos, por vezes encontrando brechas que questionam julgamentos, ou tentando entender a mente de criminosos confessos. Em comum, os dois tipos observam os casos por lentes sociais e culturais. Abaixo, confira outras cinco boas produções do gênero, disponíveis em plataformas de streaming, que valem a maratona.

Lorena, disponível no Amazon Prime Video

Em junho de 1993, o noticiário dos Estados Unidos arrepiou a espinha de homens ao redor do mundo: uma moça decepou o pênis do marido enquanto ele dormia. A notícia aflitiva e até um pouco risível foi o estopim para um olhar mais atento ao casamento de Lorena e John Wayne Bobbitt: junto dele por quatro anos, a jovem era vítima de abusos físicos e psicológicos corriqueiros. No dia do ocorrido, ele a havia estuprado, e, em um momento de fúria, Lorena o castrou com uma faca. O órgão foi recolocado por meio de uma cirurgia — e, 25 anos depois, o caso virou uma série documental disponível no Prime Video, da Amazon. Em quatro episódios, Lorena revê os crimes pela ótica da americana e observa como o machismo ditou o julgamento.

Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy, disponível na Netflix

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Entre 1974 e 1978, Ted Bundy matou, violou (mesmo após a morte) e, em alguns casos, praticamente despedaçou trinta mulheres — ao menos esse é o número ao qual confessou. Autoridades dos Estados Unidos acreditam que seja, na verdade, muito superior ao admitido. Bem-apessoado e desenvolto, Bundy era um mestre em cegar aparências e fazia uso de seu charme para atrair suas vítimas, quase sempre universitárias, para armadilhas fatais. Centenas de horas de conversa com o repórter Stephen Michaud, gravadas na cadeia com o assassino em série, tentam decupar sua personalidade —  e o que se vê não é apenas um narcisista, mas um mitomaníaco que mudou a própria biografia ao seus moldes. O resultado das entrevistas está na série documental Conversando com um Serial Killer: Ted Bundy, disponível na Netflix, e complementa o longa Ted Bundy — A Irresistível Face do Mal (2019), com Zac Efron e Lily Collins. 

Seduced: Inside The NXIVM Cult, disponível no Starzplay

https://www.youtube.com/watch?v=MS208gb1-7w

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Com então 19 anos, India, filha da atriz Catherine Oxenberg, tinha uma ambição: sair do ninho e tornar-se chef de cozinha. Para fazer valer, buscou o auxílio de uma empresa de coaching chamada NXIVM (Nexium), que, por meio de uma técnica de “reprogramação mental”, prometia tornar seus clientes mais felizes e bem-sucedidos. Tratava-se, na verdade, de uma fachada para uma “seita sexual”, que submetia mulheres como India a um  regime de abusos físicos e mentais, marcadas a ferro quente com as iniciais do líder Keith Raniere, fundador da NXIVM, recentemente condenado a 120 anos de prisão. Os detalhes assustadores da seita que aliciou diversas pessoas de Hollywood, entre elas a atriz Allison Mack, conhecida por Smallville, agora encarcerada por tráfico sexual, são narrados em Seduced: Inside The NXIVM Cult, minissérie documental no Starzplay.

Cena do Crime – Mistério e Morte no Hotel Cecil, disponível na Netflix

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No centro de Los Angeles, um hotel de baixo custo carrega uma imagem infame: trata-se do “mais mortal” da cidade, dado seu histórico de suicídios, homicídios e hóspedes assassinos. Em quatro episódios, a série documental investiga o passado tenebroso que o cerca, enquanto segue em paralelo uma investigação do desaparecimento de Elisa Lam, estudante canadense de 21 anos que sumiu no prédio em 2013. Para além de seu quê policial, a produção acompanha a obsessão virtual em torno do caso de Elisa, investigado por “detetives da web” – desconhecidos que passam horas tentando desvendar o mistério. Disponível na Netflix.

No Coração do Ouro: O Escândalo da Seleção Americana de Ginástica, disponível na HBO Go

Foi em setembro de 2016 que a denúncia da ex-ginasta Rachael Denhollander detonou um escândalo na seleção de ginástica olímpica feminina dos Estados Unidos. Ao acusar Larry Nassar, então médico da equipe, de abuso sexual, outras tantas vieram a público para relatar como ocorriam as violações, mascaradas como parte de um tratamento de saúde e muitas vezes ocorridas enquanto os pais das meninas aguardavam do outro lado da porta. O horror de mais de 156 vítimas é tema do documentário No Coração do Ouro: O Escândalo da Seleção Americana de Ginástica, disponível na HBO Go, que não só destrincha como Nassar manteve a rotina de abusos por mais de vinte anos, como também escancara a angústia de mulheres enganadas – e silenciadas –  por tanto tempo.

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