De vilões a mortes excessivas: 3 erros e 3 acertos de ‘Terra e Paixão’
Novela das 9 de Walcyr Carrasco e Thelma Guedes chega ao fim após meses de muita enrolação e com elenco veterano de ponta

Terra e Paixão chega ao fim nesta sexta-feira, 19, após nove meses de exibição. Entre erros e acertos, vale destacar o esforço dos atores Tony Ramos, Gloria Pires e Eliane Giardini, que brilharam com o triângulo amoroso dos vilões Antônio La Selva, Irene e Agatha, e assim movimentaram a trama arrastada da novela das 9 da Globo.
Erros
Mocinha fraca
Aline (Barbara Reis) até tentou ser uma grande heroína como a viúva que tenta fazer sua terra vermelha prosperar, mesmo com Antônio La Selva tentando a todo custo destruí-la. Infelizmente, sua história frágil e a formação de um casal sem muita química com Caio (Cauã Reymond), que virou um mocinho chato e chorão ao longo do tempo, a levaram a ser ofuscada por outros enredos da novela.
Alta no IML
Outro fator cansativo foi a quantidade excessiva de mortes na novela. Algumas delas, inclusive, o público mal deve se lembrar. Samuel (Ítalo Martins), o marido de Aline, morreu logo no primeiro capítulo, assassinado por Ramiro (Amaury Lorenzo), a mando de La Selva. Cândida (Susana Vieira) e Daniel (Johnny Massaro) também morrera cedo na história. Nice (Alexandra Richter), Ernesto (Eucir de Souza), Dalva (Patricia Pinho), Gregório (Felipe Rocha), Almeidinha (Camillo Borges), Ruan (Tairone Vale) e Agatha completam a lista de corpos.
Vilão “Cebolinha”
Antônio La Selva passou a novela inteira perseguindo Aline porque seu pai havia dado ao marido da mocinha um pedaço de terra precioso, que contém um minério de diamante. Seus planos infalíveis para prender, sequestrar e matar a protagonista sempre falharam e até o advogado do fazendeiro não aguentava mais ter que tirá-lo da prisão de Nova Primavera.
Acertos
Veteranos
Enquanto não estava tentando fazer da vida de Aline um inferno, Antônio virou alvo de disputa das vilãs Irene e Agatha, que voltou dos mortos — havia fingido sua morte — para aplicar suas maldades. Os três atores veteranos cativaram o público durante várias semanas da trama, sendo o maior acerto a escalação de Tony, Gloria e Eliane, que protagonizaram cenas ótimas, como o flagra no motel de Irene com Vinícius (Paulo Rocha) em um plano arquitetado por Agatha.
Casal gay
Com direito a fã-clubes nas redes sociais, o casal “Kelmiro” — junção de Kelvin e Ramiro — arrematou os telespectadores e internautas com o romance de gato e rato. Fator essencial para esse fenômeno foi a química de Diego Martins e Amaury Lorenzo, que rendeu elogios e até prêmio de ator revelação no Melhores do Ano, do Domingão com Huck, para Lorenzo. Apesar da demora para exibição de um beijo dos personagens, o que foi exibido na tela teve direito a uma troca de carícias maior do que um selinho — e foi bonito de ver em horário nobre.
Trambiqueiros
Responsáveis pelo núcleo cômico da novela, os trambiqueiros Luigi (Rainer Cadete) e Anely (Tatá Werneck) proporcionaram algumas cenas de vergonha alheia e algumas risadas ao passar dos capítulos. O cômico, obviamente, coube melhor à humorista do que a trama de chantagem e abuso que ela sofria nas mãos de Andrade (Ângelo Antônio).
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