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Como Palomma Duarte e João Vitti aliviam a barra em ‘Pedaço de Mim’

Na série melodramática da Netflix, ex-atores da Globo vivem história de amor que diverge da trama da protagonista sofredora de Juliana Paes

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 jul 2024, 16h49 - Publicado em 30 jul 2024, 10h00

Em meio à agonia de acompanhar a jornada de Liana (Juliana Paes) em Pedaço de Mim, um núcleo salva a série da Netflix de ser uma narrativa completamente excessivamente dramática: o de Silvia (Palomma Duarte) e Vicente (João Vitti). Atores forjados em novelas da Globo, os dois vivem um romance água com açúcar de dois médicos, antigos amigos de faculdade, que redescobrem o amor na maturidade. Enquanto a obstetra reluta em se entregar de verdade à relação por estar preocupada com seu único filho, um músico que tem deficiência visual, o geneticista luta para que o namoro evolua para um casamento.

Diferentemente da protagonista, que sofre com o abuso sexual de Oscar (Felipe Abib) e com os abusos psicológicos do marido, Tomás (Vladimir Brichta), Silvia tem como único obstáculo a si mesma para ser feliz na trama criada por Ângela Chaves. Apesar disso, o desenvolvimento do casal é o que representa um romance verdadeiro dentro de Pedaço de Mim. “A gente tem esse lugar de respiro na série, porque tudo é muito pesado, denso, e nós trazemos a leveza. Mas isso não significa que a barra não pese de vez em quando”, explicou Palomma em entrevista a VEJA. “O que a Liana vive é um inverno rigoroso, mas a história do Vicente e da Silvia é uma transição para a primavera — como tudo na vida, tudo tem seu lado bom e ruim”, complementa João Vitti.

Na trama, Liana, que sonha em ser mãe, acaba engravidando de gêmeos de pais diferentes — um é do marido, e o outro é do estuprador. Silvia, irmã de Tomás na história, também é a única personagem que não solta a mão de Liana — mesmo quando a mocinha se envolve em uma espiral de mentiras e segredos a fim de se preservar –, dando todo apoio necessário à cunhada, inclusive relembrando à personagem que ela tem direito ao aborto em caso de estupro. Curiosamente, a produção da Netflix tocou no assunto do direito ao aborto paralelamente à discussão na vida real de um projeto de lei que pretende revogar essa alternativa amparada pela lei.

“É engraçado que, quando a Silvia fala para a Liana que ela tem direito a abortar, a história se passa em 2006. Aquilo não era questionado. É importante a gente lembrar da individualidade de cada mulher, porque não podemos generalizar, nem na hora de discutir essa PL cretina enquanto vemos uma série. A Liana não representa a maioria da população feminina, o caso dela é raríssimo, ela não tenta abortar por medo de prejudicar o outro bebê, ela tem um status social e uma condição financeira que difere da maioria da população. Mas toda e qualquer mulher deve ter o direito de decidir sobre o próprio corpo, então é importante estarmos debatendo isso de certa forma”, conclui Palomma.

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