Bella Ramsey, estrela de The Last of Us, a VEJA: ‘O autismo me moldou’
A atriz britânica de 21 anos fala sobre o relacionamento gay de sua personagem e o diagnóstico de autismo no set

Por que o videogame e a série são tão populares? Acredito ser a combinação de um mundo pós-apocalíptico como pano de fundo para uma história emocional e íntima entre seres humanos e suas relações complexas. Essa justaposição de um cenário violento e aterrorizante com emoções tão intensas e palpáveis é o que torna a história tão envolvente.
Leia também: The Last of Us: o que esperar da segunda temporada da série apocalíptica
Como se preparou para as cenas de romance gay de sua personagem com outra garota? A dinâmica entre elas não é uma história queer inserida artificialmente para ser progressista. É simplesmente uma história de amor entre duas pessoas em um mundo pós-apocalíptico. São apenas duas pessoas apaixonadas que, por acaso, são mulheres. Estou animada para que as pessoas vejam a continuação dessa história e espero que se sintam representadas de uma forma autêntica e genuína.
Como foi ser diagnosticada com autismo durante as filmagens da primeira temporada? Foi muito útil para mim. O diagnóstico de autismo permitiu me entender melhor. Isso me deu mais compreensão e paciência comigo mesma quando tenho dificuldades com coisas que parecem fáceis para outras pessoas, como não gastar quatro horas para comprar uma escova de dentes. Também sinto que isso influenciou minha atuação, moldando a forma como vejo o mundo e como isso se manifesta no meu trabalho. É algo a que, apesar dos desafios, sou grata. Sinto que não há razão para não compartilhar, pois é assim que eu vivo.
Publicado em VEJA de 4 de abril de 2025, edição nº 2938