A mágoa que fez repórter da Globo pedir demissão após 17 anos de casa
Natália Ariede apresentava telejornais de São Paulo na emissora e anunciou saída

A jornalista Natália Ariede anunciou sua demissão da Globo nesta quarta-feira, 1º, após 17 anos de trabalho no Jornalismo da emissora. VEJA apurou que a repórter sentia que, apesar de ter conquistado muitas coisas dentro da emissora, não havia espaço para mais crescimento profissional. Apresentadora eventual dos telejornais locais de São Paulo, SP1, SP2 e Bom Dia São Paulo, Natália publicou nas redes sociais uma despedida, explicando algumas de suas razões. Em um dos trechos, evidenciou o sonho de virar correspondente internacional — e que acabou não se concretizando na Globo.
“Tinha 20 e poucos anos quando pisei nessa redação pela primeira vez. Fui pra rua com o microfone da Globo na mão e o que eu tinha pela frente era desbravar essa cidade, batalhar pra subir cada degrau como repórter até um dia sentar ao lado de ídolos que eu tive a oportunidade de ver trabalhar. Quem sabe virar correspondente internacional. Essa última parte não rolou. Mas todos os outros planos eu cumpri. Reportagens para todos os telejornais da casa, série especial para o Jornal Nacional, Globo Natureza, temporadas felizes no antigo Bem Estar, e o dia a dia desafiador dos telejornais locais”, escreveu a jornalista.
“Tive ancoragens incríveis, com o esmero do Antena Paulista, e o desafio mais recente: apresentar ao vivo três grandes jornais na maior cidade do país. Foi incrível e significa muito pra mim. Fiz tudo o que poderia fazer aqui dentro e na rua, meu escritório nos últimos quase 17 anos. Só quem vive a reportagem sabe o que a gente vê, sente, respira, sofre, vibra, o que se ganha e o que se perde nessa rotina de falta de rotina. Da força dos colegas da externa, com quem passamos mais tempo muitas vezes do que com a própria família. Carrego no coração momentos com vocês que estão entre os mais inesquecíveis da minha vida. Agradeço a todos que cruzaram meu caminho nessa jornada e me fizeram ser a pessoa que sou hoje. Cheguei menina e aqui virei gente. Virei mãe. Fiquei mais forte e chorona. Resiliente, realista. Parto pra uma nova fase da vida e da carreira”, completou.