A diferença gritante nos retratos de Xuxa e Galisteu em ‘Senna’
Produção chega à Netflix nesta sexta-feira, 29, e mostra as duas apresentadoras de maneira bem distinta
A aguardada minissérie Senna, que dramatiza a vida do piloto brasileiro nas telas, chega nesta sexta-feira, 29, à Netflix, com Gabriel Leone na pele do tricampeão da Fórmula 1. Desde que foi anunciada, a produção gerou ansiedade e comoção, mas também algumas polêmicas, especialmente em relação ao trato que seria dado a Xuxa e Adriane Galisteu, ambas ex-namoradas do piloto. As duas aparecem na trama, mas têm tratamentos distintos — como já era esperado.
Introduzida ao final do terceiro episódio, Xuxa (Pâmela Tomé), que namorou Senna entre 1988 e 1990, tem um episódio inteiro dedicado a ela e é retratada como o grande amor da vida de Ayrton. Ele, inclusive, é mostrado se apaixonando à primeira vista pela rainha dos baixinhos quando ambos estavam no auge. Galisteu (Julia Foti), por outro lado, tem menos de três minutos de tela. Então com 19 anos, a hoje apresentadora namorou Senna por pouco mais de um ano, de 1993 até sua morte, em 1º de maio de 1994. Na trama, ela aparece dançando com Senna em uma festa, em um telefonema-relâmpago com o piloto antes do acidente fatal no GP de San Marino, e em uma cena que a mostra atordoada com a morte.
O retrato de Galisteu deu dor de cabeça para a Netflix desde o início. Isso porque a família Senna nutre uma antipatia de longa data pela apresentadora: irmã do piloto, Viviane chegou a declarar que ela era apenas mais uma namorada do automobilista, e acusou a ex-cunhada de se promover às custas da morte de Senna. Por isso, Galisteu raramente é mencionada ou participa de produções e eventos relacionados a ele. Com a supervisão da família, a série quase seguiu pelo mesmo caminho, mas a Netflix bateu o pé para que a personagem aparecesse, mesmo que com a participação extremamente reduzida. Na première, inclusive, uma piada com a polêmica arrancou alguns risos da plateia.
Em entrevista recente a VEJA, Galisteu disse que nunca entendeu muito bem a rejeição a ela, mas ponderou a situação: “Durante o ano e meio que eu vivi com ele, a gente esteve no Brasil muito pouco. Convivemos pouco com a família dele, que não sabia direito quem eu era, de onde eu vim, para onde eu ia e do que seria capaz. Eu era enigmática, acho que faltou conversa e me conhecer de fato”, declarou ela, atestando também que o tempo passou e que sempre “respeitou a família”.
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