A cartada final da Globo para redimir Cauã Reymond e Bella Campos
Atores de ‘Vale Tudo’ se abriram sobre dramas de infância em programas nobres da emissora

Peças relevantes da crise que assola a novela Vale Tudo, os atores Cauã Reymond e Bella Campos se destacaram em programas da rede Globo neste fim de semana. Intérpretes dos vilões Maria de Fátima e César, a dupla que trocou farpas nos bastidores, causando um mal estar que ecoa na queda de audiência do folhetim, se abriu sobre dramas do passado, numa estratégia esperta da emissora, despindo ambos da faceta de vilania para causar empatia nos espectadores.
A resposta de Cauã Reymond às polêmicas de bastidores
No sábado, 24, Cauã participou do programa Altas Horas, onde de cara foi questionado pelo apresentador Serginho Groisman sobre as polêmicas de bastidores da novela, que envolvem o relacionamento difícil do ator com os demais colegas do elenco, especialmente seu par romântico em cena, a atriz Bella Campos. Cauã disse que está na vida pública há quase 30 anos e que está acostumado a notícias do tipo. Chamou as histórias de especulações e disse que não é visto nas festas com o restante do elenco por ser um cara caseiro. “Estou feliz com o sucesso da novela, feliz com o César, que não vale nada. O time está trabalhando bem”, disse de forma superficial.
Bullying e mãe com HIV
Ao longo do programa, Cauã foi simpático e engraçado, e também protagonizou um momento dramático ao revelar que sua mãe, Denise Reymond, que morreu em 2019, aos 55 anos, vivia com HIV. “Sofri muito bullying. Minha mãe era HIV positivo, minha vó adotou minha mãe, era mãe solteira e deficiente física e a minha tia, que foi adotada também, era esquizofrênica. Eu sofria muito bullying na rua, porque meu pai morava em Santa Catarina então não tinha ali uma figura masculina”, disse o ator. Cauã estava acompanhado da filha Sofia, de 13 anos, para quem Denise, que era pedagoga, escreveu um livro infantil chamado A Sandália de Saltinho.
Bella Campos se emocionou ao relembrar infância na pobreza e críticas
Natural de Cuiabá, a atriz participou do quadro Vou de Táxi com Luciano Huck, no Domingão, e relembrou o início da carreira como modelo. “Nem sei se eu queria ser modelo, precisava sobreviver. A gente vivia uma realidade muito difícil. A minha carreira começou numa tentativa de sobrevivência”, disse. Quando questionada sobre as críticas que sofre por sua interpretação em Vale Tudo, ela ficou emotiva. “Não me interessa criar a imagem de uma pessoa que não se abala, que não se afeta. Não tem como a gente dizer que não se afeta por essa crueldade.” Ela ainda afirmou que não se cobra perfeição, pois seria outro ato de crueldade consigo mesma.