A atriz que saiu morta mas por cima de White Lotus 3 – e a que decepcionou

ATENÇÃO: o texto a seguir contém spoilers sobre o episódio final da terceira temporada de White Lotus. Aconselha-se que só quem já viu continue lendo:

É uma maldição saborosa que já virou quase tradicional em The White Lotus. Por duas temporadas a fio, espectadores de todo o mundo se fascinaram com a improvável Tanya, papel que reinventou e consagrou a divertida Jennifer Coolidge — e cuja saída de cena, após uma queda desastrada do convés de um iate na segunda leva de episódios da série da Max, provocou uma espécie de luto global pela personagem. Pois bem: na final de White Lotus 3, que foi lançada na plataforma mundialmente na noite de domingo 6, o criador Mike White pregou mais uma dessas peças na audiência.

Quem roubou a cena em White Lotus 3, afinal?

O choque não foi pequeno. Chelsea, a adorável mocinha de dentes incisivos avantajados vivida pela inglesa Aimee Lou Wood, conquistou a simpatia geral com seu carisma nessa terceira temporada — e foi uma das vítimas do eletrizante crescente final da série (sobre o qual não se entrará em detalhes aqui). Com seu amor verdadeiro pelo complicado namorado vivido por Walton Goggins, ela exibiu boas doses daquele borogodó autêntico (e hilário) que a falecida Tanya esbanjava em cena.

Quem é Aimee Lou Wood? 

White Lotus perde uma chance de encontrar sua nova Tanya com ela fora de futuras eventuais tramas? Sem dúvida. Mas White crava assim, mais uma vez, aquele tipo de golpe de mestre de um roteirista que garante a redenção de uma temporada que muitos consideravam enrolada. Para Aimee, o derradeiro suspiro de sua personagem significa, ao contrário, só o começo luminoso e tanto de uma nova fase. Revelada num seriado cult da Netflix, Sex Education, a moça dos dentes chamativos agora é, definitivamente, uma estrela em escala global. Ela saiu morta mas por cima de White Lotus 3, enfim.

Qual a maior decepção de White Lotus 3?

Na outra ponta, o anti-clímax da temporada: a participação muito antecipada, mas pouco empolgante da prestigiada Parker Posey. Musa absoluta do cinema indie americano, Posey era cotada para virar uma nova Tanya como a mãe de família sulista Victoria Ratliff, que mantém a pose e o conservadorismo de dondoca mesmo no clima soltinho da Tailândia, sem perceber a furada em que seu marido se meteu – e que levará o clã à ruína financeira. A atriz até se esforça, mas a personagem revelou-se patética e, no final, não disse a que veio.

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