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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

A atriz que é o maior trunfo de Vale Tudo – e não é nenhuma das vilãs

Momento do capítulo desta terça-feira 8 marcou uma virada importante na trama e consagrou intérprete

Por Marcelo Marthe Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 9 abr 2025, 16h41 - Publicado em 9 abr 2025, 12h40

No final do capítulo exibido na noite desta terça-feira 8, Vale Tudo teve um cena forte. Raquel Acioli, a heroína honesta e batalhadora vivida por Tais Araújo na nova versão do folhetim da Globo, enfim deixou de ser uma mãe cega. Diante da reaproximação indecorosa de sua filha, a vilãzinha Maria de Fátima (Bella Campos), que propôs lhe dar uma mesada com o dinheiro que roubou da própria Raquel ao vender sua casa e fugir para o Rio, a personagem foi trocando em átimos de segundo na tela sua expressão maternal e compreensiva pela face de uma mulher indignada — e libertada pela tomada de consciência do quão infame e mau-caráter é sua filha. A condição de Maria de Fátima para ajudá-la — que Raquel fingisse não ser sua mãe e sumisse de sua vida dali em diante — foi a gota d’água. Irada, a heroína a chamou de “monstro” e “filha ingrata”, botando Maria de Fátima para correr.

Com a cena, a autora Manuela Dias acelerou uma virada que demorava um tanto mais tempo para ocorrer no folhetim original criado por Gilberto Braga. Mais que tudo, porém, a guinada de Raquel foi a confirmação de um dado que o espectador pode captar de modo palpável ao ver a novela: após uma sequência de papéis de menor voltagem em produções recentes do Globo, Tais Araújo está avassaladora no papel que um dia foi de Regina Duarte. Ela encarna uma Raquel verdadeira, despida de orgulho e malícia, capaz de unir o elã romântico das grandes mocinhas perdidas do gênero a uma fibra feminina moderna e empoderada. É um equilíbrio dificílimo, que só atrizes de peso conseguem atingir. Bella Campos até que está dando conta de sua Maria de Fátima. Mas vê-la ao lado de Taís é covardia.

Com isso, Taís imprime à sua Raquel, quem diria, um carisma que fez toda a diferença na Vale Tudo original. Se hoje todos pensam em Odete Roitman quando se lembram de Vale Tudo, na época não foi ela, e sim a personagem de Regina Duarte — cujos diálogos, curiosamente, eram escritos pelo co-autor Aguinaldo Silva — quem fez a novela se impor a princípio junto ao público. Mas fazer isso hoje, quando a Globo enfrenta no horário desde a concorrência da novela turca Força de Mulher na rival Record até as séries do streaming, é um feito mais complexo. Com média na casa dos 23 pontos em São Paulo, principal praça publicitária do país, a novela já paira ligeiramente acima da fracassada Mania de Você, mas ainda inspira cuidados na Globo. É Taís, no fundo, quem está mantendo a trama de pé e merecendo todos os aplausos.

Vale lembrar, claro, que o desempenho notável não chega a ser surpresa. Talentosa e com imagem de mulher forte, Taís foi a primeira mocinha negra das novelas das 9, como a Helena de Manoel Carlos em Viver a Vida (2009), além de acumular outras personagens de peso, de novelas das 7 como Da Cor do Pecado à série Mister Brau, onde dividiu a cena com o marido Lázaro Ramos. Agora, Raquel Acioli tem tudo para agregar um brilho extra a essa galeria quando a atriz for lembrada no futuro.

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