Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Imagem Blog

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming
Continua após publicidade

3 razões para ver ‘Lost’ na Netflix – e uma para sair correndo

Série de 2004 marcou a história da TV e acaba de chegar ao catálogo da plataforma

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 ago 2024, 16h23

No dia 22 de setembro de 2004, o avião 815 da Oceanic Airlines saiu de Sydney, na Austrália, rumo a Los Angeles, nos Estados Unidos. A aeronave sofreu um misterioso acidente e caiu em uma ilha no oceano Pacífico. Seus 48 sobreviventes se uniram para manter a convivência em ordem até o socorro chegar — porém, a ajuda virou um sonho distante conforme dias se passaram, e eventos estranhos sugeriam que aquela não era uma ilha qualquer. O mote principal da série Lost movimentou seis temporadas, sendo a última exibida em 2010, e causou uma revolução na TV. A produção chega agora completa ao catálogo da Netflix e para quem está em dúvida se deve ver (ou rever) o seriado, abaixo três razões para seguir em frente — e uma para sair correndo.

Lost e as mudanças nas narrativas da TV

Evangeline Lilly como Kate e Matthew Fox na pele de Jack, em 'Lost' -
Evangeline Lilly como Kate e Matthew Fox na pele de Jack, em ‘Lost’ – (//Divulgação)

A série de mistério virou um fenômeno por várias razões, mas, uma delas se manteve como um legado na história da TV. O programa tinha uma estrutura incomum para a televisão da época, misturando duas linhas cronológicas: enquanto mostrava o desenrolar dos acontecimentos na ilha, a produção revelava o passado dos personagens fora dali, até começar a ver o futuro, indicando o que aconteceria com parte dos sobreviventes. O uso de ganchos e mistérios na trama era feito de forma intensa, outra postura rara para um seriado em uma rede aberta — nos Estados Unidos, Lost foi exibido pela ABC. Com episódios semanais — sem a facilidade do streaming e suas maratonas –, as séries deveriam prender o espectador, mas sem irritá-lo ou dificultar muito o entendimento da história, para que ele voltasse ao canal na semana seguinte e, meses depois, para a próxima temporada. Lost quebrou vários paradigmas de então, provando que o público não deveria ser subestimado.

Os mistérios filosóficos de Lost

O personagem Locke (Terry O'Quinn), em ‘Lost’
O personagem Locke (Terry O’Quinn), em ‘Lost’ (Divulgação/VEJA)

Tudo em Lost tem alguma conexão com conceitos complexos da vida humana — religião, filosofia, sociologia, literatura e experimentos científicos se conectam às histórias dos personagens, que carregam nomes com dicas sobre suas personalidades. O protagonista vivido por Matthew Fox se chama Jack Shephard, sobrenome que significa pastor em português; Terry O’Quinn interpretou o personagem John Locke, mesmo nome do filósofo pai do pensamento liberal e do empirismo; já a “mocinha” da trama vivida por Evangeline Lilly atende por Kate Austen, alusão à crítica autora inglesa Jane Austen. A cada virada de temporada, a série mergulha por temas variados, levando o espectador não só a saborear o momento de entretenimento, como também sair pesquisando sobre as ideias, conceitos e personagens que inspiraram os roteiristas.

Continua após a publicidade

Lost elevou a qualidade de se fazer TV

Os personagens Jack (Matthew Fox), Claire (Emilie de Ravin) e Hurley (Jorge Garcia) em ‘Lost’
Os personagens Jack (Matthew Fox), Claire (Emilie de Ravin) e Hurley (Jorge Garcia) em ‘Lost’ (Divulgação/VEJA)

Hoje pode parecer banal as altas quantias gastas em séries de TV como Game of Thrones, The Crown e Succession, mas Lost nasceu na época em que a TV ainda era a prima pobre de Hollywood. Logo, tirá-la do papel foi um grande sacrifício, já que o primeiro episódio teve um orçamento astronômico para filmar a queda do avião e seus destroços na praia. Por sorte, o projeto foi adiante e deu certo. O programa foi lucrativo e entregou qualidade nas cenas, atuações e detalhes essenciais, mas que passam desapercebidos, como a trilha original e orquestrada pelo premiado compositor Michael Giacchino e a criatividade na construção dos cenários, todos rodados no Havaí, mas representando lugares como Iraque e Coreia do Sul.

E a razão para fugir de Lost

.
O ator Michael Emerson em ‘Lost’ (Reprodução/VEJA)

Após seis temporadas — e uma problemática greve de roteiristas no meio do caminho –, Lost, como diz o nome, se perdeu no caminho. O ponto de partida intrigante nem sempre encontrou boas saídas, ou escolheu soluções criativas que não agradaram a todos. Tanto que a série figura entre os finais mais controversos da história da TV. Lost, contudo, vale mais pela jornada do que pela linha de chegada — mesmo que esse fim não faça jus ao brilhantismo e ousadia que colocaram a série entre as produções que merecem ser lembradas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

3 meses por 12,00
(equivalente a 4,00/mês)

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.