Santa comédia, Batman!
O vídeo do “Batman do Leblon” – veja aqui – virou um sucesso viral na internet esta semana com total justiça: em pouco mais de oito minutos, encena uma comédia urbana afiada e nonsense, alegoria engraçadíssima do diálogo de surdos em que o debate político vem se transformando no Brasil. Todos gritam ali, mas ninguém […]

O vídeo do “Batman do Leblon” – veja aqui – virou um sucesso viral na internet esta semana com total justiça: em pouco mais de oito minutos, encena uma comédia urbana afiada e nonsense, alegoria engraçadíssima do diálogo de surdos em que o debate político vem se transformando no Brasil. Todos gritam ali, mas ninguém tem razão: nem o manifestante vestido de Homem-Morcego, nem o cineasta que se diz de esquerda, nem a fotógrafa que se diz de direita, nem o repórter francês que não fala uma palavra de português, mas faz de tudo para encontrar sentido onde sentido não há.
É por isso que a Palavra da Semana é Batman, que o cineasta Dodô Brandão achincalha no vídeo como símbolo do imperialismo americano – um papel em que o Super-Homem se sentiria mais à vontade, para não falar do Capitão América. Com sua estética puxada para o sombrio, Batman não é um bom garoto-propaganda.
Curiosamente, seu nome não tem certidão de nascimento inconteste, embora seja uma marca registrada da editora DC Comics. Segundo a história oficial, o Homem-Morcego (tradução literal de Batman) foi criado pelo desenhista Bob Kane em 1939 e desenvolvido nos anos seguintes com a colaboração do roteirista Bill Finger. No entanto, quando a história já fazia sucesso, o desenhista Frank Foster apresentou desenhos semelhantes de um personagem concebido em 1932 e que se chamava… Batman, pois é.