Quem empinou o sol a pino?
“Sérgio, de onde vem a expressão ‘sol a pino’? Que pino é esse? Obrigado.” (Carlos Pedrosa) O “pino” a que Carlos se refere é simplesmente “o ponto mais elevado do Sol; zênite” (Houaiss), uma acepção que, por extensão, gerou também a de ponto mais alto em geral, pináculo, auge, cume. A curiosidade da palavra “pino” […]

“Sérgio, de onde vem a expressão ‘sol a pino’? Que pino é esse? Obrigado.” (Carlos Pedrosa)
O “pino” a que Carlos se refere é simplesmente “o ponto mais elevado do Sol; zênite” (Houaiss), uma acepção que, por extensão, gerou também a de ponto mais alto em geral, pináculo, auge, cume.
A curiosidade da palavra “pino” não está em sua acepção de zênite, empregada de forma simplesmente literal na expressão “sol a pino”, e sim na origem. Trata-se de um termo oriundo do latim pinus, “pinheiro”.
Estamos diante de uma expansão de sentido metafórica: o vocábulo nascido para nomear uma árvore ereta e delgada passou a designar “qualquer objeto longo e reto” e também, pela grande altura do pinheiro, a servir de referência para aquilo que se ergue muito acima do chão. O verbo “empinar” tem a mesma origem.
Para adicionar um pouco de poesia (etimológica) a esta explicação, sol a pino é nada mais que um sol empinado.
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