Os três grifos
Compartilhe essa matéria: Link copiado! São três as palavras “grifo” em português, xarás perfeitas, mas cada uma com acepções e origens muito distintas. O grifo de maior circulação na língua de hoje, disparado, é o que é sinônimo de itálico, ou seja, letra inclinada (quase sempre para a direita, como neste caso) que se usa […]
São três as palavras “grifo” em português, xarás perfeitas, mas cada uma com acepções e origens muito distintas.
O grifo de maior circulação na língua de hoje, disparado, é o que é sinônimo de itálico, ou seja, letra inclinada (quase sempre para a direita, como neste caso) que se usa nas artes gráficas para dar destaque a uma palavra, frase ou bloco de texto. Seu nome vem de Francesco Griffo, ourives de Bolonha que desenhou esse tipo de letra para o famoso impressor Aldus Manutius, em 1501. A palavra estreou num dicionário de português em 1713, pelas mãos de Rafael Bluteau. O verbo grifar – que pode significar compor um texto em grifo ou sublinhar um trecho de determinada composição – demorou um pouco mais: é do fim do século 19.
Quando por aqui chegou o grifo gráfico, já tinha assento firme na língua – desde o século 14 – o termo grifo como nome de um animal mitológico com cabeça e asas de águia num corpo de leão. Derivado do grego grupós por meio do latim gryphus, este grifo está longe de cair em desuso, mas, se não fosse a literatura fantástica, seria um termo de uso restrito a círculos eruditos.
O terceiro e mais recente grifo, incorporado ao vocabulário do português na primeira metade do século 19, parece ser o mais ameaçado de extinção: trata-se de um substantivo que é sinônimo de enigma, questão obscura ou expressão hermética. Vem de uma terceira fonte: o grego gríphos (“rede de junco ou linguagem que enreda o ouvinte”) por meio do latim tardio griphus.
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