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Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.

O que faz do Haiyan um tufão

Soprado pelo Haiyan, o forte ciclone que atingiu as Filipinas nesta sexta-feira, no evento que os meteorologistas consideram o mais violento do ano, o substantivo “tufão” garantiu de forma incontestável o posto de Palavra da Semana. Além de nos dar uma oportunidade de falar sobre o que faz um ciclone tropical ser chamado de tufão, […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 05h01 - Publicado em 8 nov 2013, 16h35

tufão filipinasSoprado pelo Haiyan, o forte ciclone que atingiu as Filipinas nesta sexta-feira, no evento que os meteorologistas consideram o mais violento do ano, o substantivo “tufão” garantiu de forma incontestável o posto de Palavra da Semana.

Além de nos dar uma oportunidade de falar sobre o que faz um ciclone tropical ser chamado de tufão, enquanto outros levam o nome de furacão ou tornado, a palavra tem uma curiosidade adicional: o papel que o português representou na história de sua difusão no Ocidente.

Vamos começar pelo que diferencia os vocábulos acima. Com exceção do tornado, que é um ciclone de dimensões reduzidas e curta duração, todos os outros termos se referem ao mesmo tipo de fenômeno. Ciclone é o nome genérico preferido pelos cientistas. Já furacão e tufão, palavras de uso comum, têm como única diferença uma questão geográfica.

“Ciclone, tufão e furacão, cientificamente, são a mesma coisa. O que acontece é que aos eventos no Oceano Atlântico damos o nome de furacão, e no Pacífico, de tufão. Mas todos podem ser chamados de ciclone”, explicou aqui o meteorologista e pesquisador do Inpe Manoel Alonso Gan.

Embora haja alguma controvérsia sobre a origem da palavra, é certo que o português foi a primeira das línguas ocidentais modernas a adotá-la com o sentido atual: o termo tufão é citado na “Navegação do capitão Pedro Álvares Cabral” (na África), documento escrito em 1500 por um piloto português. Tratava-se de um decalque do árabe tufan, “inundação, dilúvio, cataclismo”, atestado no Corão.

Já então empregado com o sentido de “furacão nos mares do Oriente, especialmente no da China”, o termo luso influenciou o francês typhon, de 1529, e indiretamente o inglês typhoon, de 1550. A incerteza entre os estudiosos se concentra na origem do árabe tufan, que alguns acreditam ser derivado do termo grego-latino typhon, “temporal” – o que parece bastante provável – e outros argumentam ser puramente semítico.

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