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Por Sérgio Rodrigues
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.
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O peru não veio do Peru. Nem da Turquia

O Meleagris gallopavo, ave americana que virou símbolo de comida natalina, tem seu nome popular cercado de mal-entendidos – e não apenas em português. A palavra peru, do século 16, teve origem num topônimo: o Vice-reino do Peru, uma das subdivisões da América Espanhola, de onde se acreditava que o bicho era oriundo. A verdade […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 13h18 - Publicado em 21 dez 2010, 09h38

O Meleagris gallopavo, ave americana que virou símbolo de comida natalina, tem seu nome popular cercado de mal-entendidos – e não apenas em português. A palavra peru, do século 16, teve origem num topônimo: o Vice-reino do Peru, uma das subdivisões da América Espanhola, de onde se acreditava que o bicho era oriundo. A verdade é que não havia perus nativos no Peru, mas a metonímia falou mais alto: na linguagem popular da época, Peru era frequentemente empregado como nome genérico de todas as terras americanas sob domínio espanhol – inclusive as da América do Norte, esta sim rica em emissores de glu-glu.

Perto do mal-entendido que foi dar no nome da ave em inglês, porém, nosso peru é um primor de precisão. Quando encontraram os primeiros exemplares de peru na América do Norte, os colonizadores anglófonos acreditaram estar diante de uma versão agigantada da galinha-d’angola (Numida meleagris), ave originária da África que, naquele tempo, chegava a quintais e mesas da Europa depois de uma escala nos mercados da Turquia. Galo-da-turquia era, por causa disso, o nome popular que acabou contaminando o peru, chamado em inglês de turkey.


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