O Momo é o rei dos momos
A palavra que batiza Momo, o tal rei do carnaval, regente da folia, é um nome próprio derivado de um substantivo comum que, por sua vez, nasceu de um nome próprio. Máscaras por trás de máscaras – nada mais carnavalesco. Quando chegou à nossa língua, no século 15, a palavra momo designava um gênero teatral […]
A palavra que batiza Momo, o tal rei do carnaval, regente da folia, é um nome próprio derivado de um substantivo comum que, por sua vez, nasceu de um nome próprio. Máscaras por trás de máscaras – nada mais carnavalesco.
Quando chegou à nossa língua, no século 15, a palavra momo designava um gênero teatral farsesco em que, usando máscaras e com base em um texto escasso que dava margem a extensos improvisos, os atores ridicularizavam pessoas e costumes. Em seguida, por extensão de sentido, a palavra momo passou a designar também os atores que atuavam no momo.
Daí o nome do soberano do carnaval: o Rei Momo é, na origem, apenas o rei dos momos, isto é, o bufão mais graduado, o mascarado mais poderoso.
Se prosseguirmos nessa viagem rumo ao passado, porém, descobriremos que nosso termo momo proveio do latim Momus e este, do grego Mómos, “deus, filho da noite, personificação da malecidência”.