Na origem da covardia, o ‘rabo entre as pernas’
A palavra covarde é uma prova de que não faltam histórias pitorescas no mundo da etimologia séria, o que torna um tanto supérflua a insistência, compartilhada por tantos divulgadores do tema, em espalhar lendas etimológicas por aí. O vocábulo chegou ao português ainda no século 13, vindo do francês antigo cuard (hoje couard), um termo […]

A palavra covarde é uma prova de que não faltam histórias pitorescas no mundo da etimologia séria, o que torna um tanto supérflua a insistência, compartilhada por tantos divulgadores do tema, em espalhar lendas etimológicas por aí.
O vocábulo chegou ao português ainda no século 13, vindo do francês antigo cuard (hoje couard), um termo surgido em torno do ano 1100 com o mesmo sentido. Cuard era derivado de cüe ou coue (atualmente queue), isto é, “cauda, rabo”.
A ideia inicial era, literalmente, a de um animal que, dominado pelo medo, traz a cauda baixa. Ou como se diz ainda hoje em português, numa expressão popular: o covarde é aquele que tem “o rabo entre as pernas”.