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Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.

Madrasta, uma palavra que já nasceu torta

Será que madrasta, a palavra, traz de berço as sombras que até hoje a envolvem – e que se traduzem numa acepção figurada e popular como “aquilo de que provêm vexames e dissabores em vez de proteção e carinho” (Houaiss), como na expressão “sorte madrasta”? Segundo o filólogo brasileiro Antenor Nascentes, sim. Embora o latim […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 04h53 - Publicado em 3 dez 2013, 13h04

madrasta cinderelaSerá que madrasta, a palavra, traz de berço as sombras que até hoje a envolvem – e que se traduzem numa acepção figurada e popular como “aquilo de que provêm vexames e dissabores em vez de proteção e carinho” (Houaiss), como na expressão “sorte madrasta”?

Segundo o filólogo brasileiro Antenor Nascentes, sim. Embora o latim vulgar matrasta, onde fomos buscar a palavra ainda no século XIII, quisesse dizer simplesmente “nova mulher do pai”, Nascentes afirma que o termo era em sua origem um “despectivo” – uma forma depreciativa, ressentida – de mater, “mãe”. Matrasta seria assim, desde a formação do vocábulo, um arremedo grotesco de mater.

Essa imagem ruim é certamente injusta com milhões de madrastas amorosas, mas não lhe deve faltar a sustentação histórica de gerações e gerações de enteadas sofredoras – e não apenas nos contos de fadas. O pioneiro dicionarista Rafael Bluteau registrou no início do século XVIII os seguintes provérbios portugueses: “Madrasta e enteada sempre andam em baralha” (isto é, em conflito, em joguinhos de intrigas); e “Madrasta, o nome lhe basta”.

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