Hype, hype, hurra!
São Hype, que estais no céu… Quem tem hype vai a Roma, a Hollywood, a Nova York, a Cannes… Vai aonde quiser, sempre precedido de matérias em revistas glossy e zunzum nas redes sociais. Mais vale um hype na mão do que uma obra-prima na contramão. Pode-se fabricar o hype, mas o melhor hype é […]
São Hype, que estais no céu…
Quem tem hype vai a Roma, a Hollywood, a Nova York, a Cannes… Vai aonde quiser, sempre precedido de matérias em revistas glossy e zunzum nas redes sociais.
Mais vale um hype na mão do que uma obra-prima na contramão.
Pode-se fabricar o hype, mas o melhor hype é o que brota como fungo, sem aviso nem explicação, nas gretas da armadura de indiferença que recobre aos olhos do mundo todos os sujeitos do mundo.
Quem com hype hypa, com hype será hypado.
O hypado atrai paparazzi como bananas podres atraem moscas. As moscas não precisam conhecer a fórmula do miasma alcoólico que emana das frutas para se deixarem mesmerizar.
Diz o hypado: “Ai de quem não tem hype como eu. Só passou pela vida, não viveu”.
E agora, José? O repórter não veio, não veio a histeria, e tudo acabou, e tudo fugiu, e tudo mofou. E agora, José?
Quem hypou, hypou. Quem não hypou não hypa mais.