Esculachar nasceu como ação de castigar crianças
“Esculachar” é um verbo já antiguinho, provavelmente da primeira metade do século passado, que, se nunca caiu em desuso, tem experimentado um renascimento nos últimos anos como gíria de marginais e, por contágio, de outros grupos urbanos, em especial jovens. Esculachar, nesse sentido que os costumes linguísticos tornaram mais uma vez atual, quer dizer surrar, […]

“Esculachar” é um verbo já antiguinho, provavelmente da primeira metade do século passado, que, se nunca caiu em desuso, tem experimentado um renascimento nos últimos anos como gíria de marginais e, por contágio, de outros grupos urbanos, em especial jovens.
Esculachar, nesse sentido que os costumes linguísticos tornaram mais uma vez atual, quer dizer surrar, maltratar, torturar – acepção que, curiosamente, fica muito próxima à da origem da palavra. Mais tarde, em emprego figurado, esculachar adquiriu também e sobretudo o sentido de “repreender ou censurar (alguém) de maneira deselegante, rude, afrontosa” (Houaiss), ou seja, espinafrar, passar uma descompostura em (alguém); e ainda o de avacalhar, bagunçar (algo), que o melhor dicionário da língua portuguesa não registra.
Os estudiosos acreditam que a palavra foi introduzida em nosso idioma por imigrantes italianos e que fizesse parte do vocabulário familiar. Também informal, o verbo sculacciare, derivado de culo, significa dar palmadas na bunda (especialmente de crianças).