Bangue-bangue à brasileira
Trilha sonora tristemente comum de nossas metrópoles, bangue-bangue é uma expressão formada pela repetição expressiva do inglês bang, onomatopeia de estampido, estrondo, disparo de arma de fogo. Um detalhe significativo é a grafia aportuguesada que, de forma curiosa, elimina qualquer imitação sonora de estampido ou vibração metálica que pudesse haver no original. Ninguém conhece uma […]
Trilha sonora tristemente comum de nossas metrópoles, bangue-bangue é uma expressão formada pela repetição expressiva do inglês bang, onomatopeia de estampido, estrondo, disparo de arma de fogo. Um detalhe significativo é a grafia aportuguesada que, de forma curiosa, elimina qualquer imitação sonora de estampido ou vibração metálica que pudesse haver no original.
Ninguém conhece uma arma que, ao disparar, produza ruído vagamente parecido com “bangue”, conhece? Em outras palavras, estamos falando de uma onomatopeia com amnésia, que esqueceu o som que deveria imitar.
Bangue-bangue apareceu pela primeira vez no Aurélio em 1975, como nome informal do gênero narrativo americano western, também chamado faroeste – forma aportuguesada de far West, “extremo oeste ou oeste distante” – e que teve seu momento de glória no cinema em meados do século 20.