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Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.

A ortografia também tem espasmos: cãibra, câimbra ou cãimbra?

“Caro Sérgio, a grafia correta da palavra é ‘cãimbra’ ou ‘câimbra’? Já vi as duas formas em várias traduções de clássicos da literatura. Desde já agradeço o esclarecimento.” (Marcelo Campos) Se Marcelo não se confundiu na hora de reproduzir em sua consulta a grafia “cãibra”, que é a preferencial, então andou esbarrando em um erro […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 01h29 - Publicado em 4 Maio 2015, 16h25

“Caro Sérgio, a grafia correta da palavra é ‘cãimbra’ ou ‘câimbra’? Já vi as duas formas em várias traduções de clássicos da literatura. Desde já agradeço o esclarecimento.” (Marcelo Campos)

Se Marcelo não se confundiu na hora de reproduzir em sua consulta a grafia “cãibra”, que é a preferencial, então andou esbarrando em um erro indiscutível. Nenhum dicionário, no Brasil ou em Portugal, registra a forma cãimbra, com til e eme. Ou uma coisa ou outra.

A própria variante “câimbra”, com circunflexo e eme, que parece existir apenas do lado de cá do Atlântico, não goza do mesmo prestígio social de “cãibra”. Encontra abrigo como forma não preferencial em todos os grandes dicionários brasileiros e também no Vocabulário Ortográfico elaborado pela Academia Brasileira de Letras, mas não tem registro em Portugal.

No português brasileiro não se pode dizer que nenhuma das duas formas esteja errada: como ocorre com “abdome” e “abdômen”, o freguês pode optar por qualquer uma delas. Mas é inegável que “cãibra” goza de melhor trânsito, sobretudo (mas não só) em contextos formais.

“Câimbra” é provavelmente uma forma intermediária entre a grafia arcaica cambra – a primeira assumida pela palavra que o português importou no século XV, via francês, do germânico kramp – e a atual, que ganha ainda mais força em tempos de (pretensa?) unificação ortográfica.

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