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Sobre Palavras

Por Sérgio Rodrigues Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Este blog tira dúvidas dos leitores sobre o português falado no Brasil. Atualizado de segunda a sexta, foge do ranço professoral e persegue o equilíbrio entre o tradicional e o novo.

A hora do ludita

“Se você tem algum ceticismo em relação à tecnologia, os aficionados dizem que você é um ludista, quer quebrar as máquinas…”, declarou o escritor americano Jonathan Franzen – uma das estrelas da décima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa amanhã – em entrevista caderno Prosa & Verso do jornal “O Globo”. […]

Por Sérgio Rodrigues
Atualizado em 31 jul 2020, 08h28 - Publicado em 3 jul 2012, 13h13

“Se você tem algum ceticismo em relação à tecnologia, os aficionados dizem que você é um ludista, quer quebrar as máquinas…”, declarou o escritor americano Jonathan Franzen – uma das estrelas da décima edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa amanhã – em entrevista caderno Prosa & Verso do jornal “O Globo”.

Franzen referia-se ao fato de ser uma das vozes mais ativas na crítica à cultura digital e na defesa do livro de papel. O que tornou sua frase de compreensão mais difícil para o leitor desavisado foi o fato de usar uma palavra que é bem mais comum em inglês do que em português. Aqui, para agravar o problema, os luddites viraram uma sopa de letrinhas. São chamados de luditas (como registra o Aurélio); ludditas ou luddistas (o Houaiss traz essas duas formas, ambas fiéis à grafia do nome próprio que está na origem da palavra, embora dê preferência à segunda); ou ainda ludistas (grafia favorecida pelo Aulete e que o jornal optou por usar num trecho em destaque, embora tenha ficado com “ludita” no corpo da matéria). Gosto mais da opção do Aurélio. De todo modo, estamos diante de um caso clássico de muita grafia para pouca compreensão.

Luddite é um adjetivo que, na Revolução Industrial, nasceu na Inglaterra para nomear os trabalhadores que protestavam contra a obsolescência da mão-de-obra causada pela tecnologia, depois que um certo Ned Ludd, de identidade obscura, virou notícia ao destruir uma máquina de fiar que havia provocado sua demissão. A revolta se espalhou tanto que o parlamento britânico aprovou às pressas uma lei que previa pena de morte, nada menos, para os sabotadores de máquinas.

*

Só voltarei a atualizar o Sobre Palavras na próxima terça-feira, dia 10. É que vou passar os próximos dias em Paraty, cobrindo palestras como a do ludita Franzen para meu outro blog, o Todoprosa. Convido os leitores a acompanhar a Flip por lá. Até breve.

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