A curiosa história do boicotado Boycott
A palavra “boicote” desembarcou em nossa língua nos primeiros anos do século XX, vinda do inglês boycott, substantivo comum e verbo derivados de um nome próprio. A história por trás de boycott é saborosa. O termo nasceu nas páginas do jornal “Times”, de Londres, em 1880, durante a cobertura do longo e rumoroso conflito político-trabalhista […]

A palavra “boicote” desembarcou em nossa língua nos primeiros anos do século XX, vinda do inglês boycott, substantivo comum e verbo derivados de um nome próprio.
A história por trás de boycott é saborosa. O termo nasceu nas páginas do jornal “Times”, de Londres, em 1880, durante a cobertura do longo e rumoroso conflito político-trabalhista que tinha em seu centro Charles Cunningham Boycott (1832-1897) – ao lado, numa caricatura da “Vanity Fair”.
Boycott era um capitão inglês reformado que administrava com pulso firme – firme demais, pelo visto – as terras de um nobre na Irlanda. Numa época marcada por violentos conflitos de classe, não demorou a ganhar fama de tirano.
O gelo a Boycott foi comandado pela Irish Land League, o sindicato dos trabalhadores rurais. O movimento se alastrou e, em pouco tempo, nenhum irlandês lhe vendia mais nada ou lhe prestava serviços de qualquer espécie. Até os carteiros aderiram.
A colheita nas terras administradas pelo odiado capitão foi feita – com atraso danoso – por trabalhadores trazidos de outras paragens e sob a proteção de centenas de soldados ingleses.
Poucos meses depois, sem ambiente, o boicotado Boycott deixava de vez a Irlanda para entrar na história – e nos dicionários.