Brincadeira popular entre famílias no Natal será o coronavírus-oculto
Não vale enfiar cotonete no cérebro, porque o exame demora

Boa parte das famílias brasileiras optou por uma noite de Natal virtual. A lista de vantagens não é pequena. Ninguém vai brigar pelas coxas do peru nem pelos poucos fios de ovos. Dá pra “mutar” a tia chata que pergunta se os jovens estão de namorado novo e as piadas do tio do pavê. E quem quiser pode deixar uma foto no Zoom e ir dormir ou beber sozinho.
Já as famílias que resolveram fazer uma grande ceia substituíram o tradicional amigo-oculto por outra brincadeira: descobrir qual parente tem o coronavírus-oculto. Não vale enfiar cotonete no cérebro, porque o exame demora. Nem medir a febre. Até porque sempre tem aquele primo que acha que o termômetro afeta sua glândula pineal e altera seu DNA.
Publicado em VEJA de 30 de dezembro de 2020, edição nº 2719