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Carol Rousseff se torna a vereadora mais jovem de Porto Alegre

Sobrenome da parlamentar de 21 anos é uma homenagem à ex-presidente Dilma

Por Paula Sperb
Atualizado em 4 ago 2017, 13h46 - Publicado em 4 ago 2017, 13h16

A estudante do primeiro ano de magistério Carolina Duarte, de 21 anos, conhecida como Carol Rousseff, assumiu uma vaga na Câmara de Vereadores de Porto Alegre nesta semana. Com a posse, ela é considerada a vereadora mais jovem a exercer a função na capital gaúcha.

O sobrenome não indica parentesco com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), mas uma homenagem. “É um nome de luta”, explica. Carol é uma admiradora de Dilma e se filiou ao PT em 2015. Foi com esse nome que ela apareceu na televisão durante o horário eleitoral gratuito na eleição municipal de 2016 e também nas urnas.

Durante três dias, de 1º a 3 de agosto, Carol foi suplente do vereador petista Marcelo Sgarbossa. “Foi importante o espaço para fazer luta e para levar o pensamento da juventude, tendo em vista que não tem nenhum jovem na Câmara”, disse à reportagem.

Outro jovem, Professor Bernardo, de 28 anos, também assumiu uma suplência, no lugar de Sofia Cavedon, do mesmo partido, nesse período. A posse da dupla marca o Dia Internacional da Juventude, comemorado em 12 de agosto, e só foi possível porque outros suplentes abriram mão da vaga.

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Sessão Ordinária
Professor Bernando, de 28 anos, e a vereadora Carolina Rousseff, de 21 anos, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre (Leonardo Contursi,CMPA/Divulgação)

Desde o ano passado, o PT tem feito ações semelhantes, como no Dia das Mulheres, quando apenas mulheres assumiram a bancada. No Dia da Consciência Negra, apenas suplentes negros devem assumir as vagas. “É um política positiva do nosso partido, um exemplo legal para outros partidos seguirem”, opina Carol sobre a iniciativa de “rodízio temático”.

Na sessão da última quinta-feira, Carol ocupou o microfone para criticar o projeto Escola sem Partido, que está em tramitação, mas teve parecer desfavorável da Comissão de Constituição Justiça (CCJ) da casa. “É hediondo esse projeto. Querem tirar da escola o pensamento crítico com a falsa desculpa de imparcialidade”, disse em plenário.

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Carol aproveitou sua passagem pela Câmara para protocolar atualizações no Estatuto da Juventude de Porto Alegre, de 2006. Uma delas diz respeito ao acesso à saúde. No novo texto, Carol especifica que o atendimento tem que ser oferecido pelo município, com postos de saúde abertos.

Outro projeto amplia a concessão da meia-passagem de ônibus para estudantes para seis meses após deixarem o ensino médio. “O estudante acaba o ensino médio e precisa trabalhar, ir para o cursinho”, justifica. Os projetos precisam passar por comissões, como a CCJ, antes de serem votados.

Em oposição ao prefeito Nelson Marchezan Jr. (PSDB), a porto-alegrense também pediu informações sobre a falta de caminhão de lixo para a coleta na área quilombola dos Alpes e sobre o uso de violência para coibir festas no bairro Cidade Baixa.

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