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Ricardo Rangel

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Violência: por que a solução não virá do governador do Rio

Claudio Castro fez algumas propostas. Curiosamente, esqueceu a mais importante.

Por Ricardo Rangel Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h19 - Publicado em 26 out 2023, 18h01

Claudio Castro fez propostas para combater o crime organizado.

Quer aumentar a progressão de pena de criminosos perigosos. Mas ninguém comete crime porque vai sair cedo da cadeia, comete porque tem certeza de que não vai para a cadeia. Especialmente miliciano, que ou é da polícia ou tem amigos na polícia.

Está provado que presos conseguem cometer crimes mesmo de dentro da prisão. Aliás, o Secretário de Administração Penitenciária de Castro, Raphael Montenegro, foi preso (!) em 2021 justamente por negociar com o crime organizado facilidades para conduzir suas atividades criminosas.

Castro quer dar tarifa social em certos serviços nas áreas controladas por milícias e traficantes. Só que já existe em vários casos, e não funciona. A Light tem tarifa social e mesmo assim, metade da energia que fornece é roubada.

Castro quer que o governo federal combata a lavagem de dinheiro do crime organizado. Essa é mesmo importante, mas é o óbvio do óbvio. (Flavio Dino disse a Miriam Leitão que vai fazer, é surreal que ainda não o faça.)

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Mas Castro não fez a proposta mais importante: a reforma das polícias,  altamente corruptas e lotadas de milicianos. Aliás, seu secretário de Polícia Civil, delegado Allan Turnowski, foi preso (!) no ano passado por envolvimento com o crime organizado.

A polícia de Castro é que mais mata no país. Ela prefere conduzir suas operações letais nos redutos de traficantes, não em regiões controladas por milícias. Mas Castro a elogia e lhe dá rédea solta. Nem a obrigatória câmara no uniforme obriga a usar.

Castro demitiu o delegado responsável pela investigação do caso Marielle Franco, assassinada pela milícia, quando estava obtendo progressos. Pouco depois, as promotoras responsáveis deixaram o caso denunciando excesso de interferência externa.

Castro nomeou o atual Secretário da Polícia Civil por pressão de deputados ligados a milicianos.

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Castro é alvo de pelo menos três investigações criminais.

A solução não virá de Castro. Castro é parte do problema.

(Por Ricardo Rangel, em 26/10/2023)

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