A morte de Giannotti é uma metáfora do Brasil
A inteligência e a sofisticação morrem, a ignorância e a vulgaridade prosperam.

Morreu o filósofo e professor José Arthur Giannotti, símbolo da inteligência, da cultura e da academia brasileiras.
Há poucos dias, morreu Roberto Romano, outro filósofo e professor, também ele símbolo da inteligência, da cultura e da academia brasileiras. Sintomaticamente, era especialista em ética. Sintomaticamente, morreu de Covid-19.
Pouco antes da morte dos dois grandes intelectuais, tiveram alta dos hospitais em que estavam o simulacro de intelectual Olavo de Carvalho e o inimigo da inteligência e da democracia Jair Bolsonaro.
É impossível deixar de ver nisso uma metáfora do Brasil de hoje.
A inteligência, a sofisticação e a elegância estão morrendo.
A ignorância, a vulgaridade e a grosseria passam bem.
Dias sombrios.