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Em 2007, VEJA ensinou leitor a elevar a auto-estima

Páginas da revista mostraram que, seguindo seis regras, a pessoa se sente confiante e feliz: em 2010, reportagem dissecou a ciência por trás das emoções

Por Da redação
Atualizado em 30 jul 2020, 20h34 - Publicado em 8 fev 2018, 16h37

A edição de VEJA desta semana apresentou estudos científicos recentes que provam que a felicidade pode ir muito além do Carnaval. Seguindo algumas regras na vida, como a definição de objetivos e a busca obstinada para se cercar de pessoas positivas e agradáveis, ela é possível em 365 dias do ano, sem fantasias, plumas ou samba-enredo.

Em 2007, a revista deu capa para um dos ingredientes essenciais para a felicidade. Com o título “O poder da auto-estima — a conquista do amor próprio é a garantia de paz interior em um mundo de modelos inatingíveis e enormes cargas de stress”, a edição 2015 mostrou a força de livros de auto-ajuda em uma época em que as pessoas buscam respostas para ser feliz.

Leia um trecho:

“A auto-estima é vital não apenas para as pessoas mas também para as famílias, os grupos, as empresas, as equipes esportivas e os países. Sem ela, não há terreno fértil para as grandes descobertas nem para o surgimento dos líderes. Quem não acredita em si mesmo acha que não vale a pena dizer o que pensa. Desde o início da civilização, o mundo é movido a pessoas que confiam de tal forma nas próprias idéias que se sentem estimuladas a dividi-las com os outros. Isso vale tanto para cientistas quanto para poetas, tanto para artistas quanto para políticos. O filósofo grego Aristóteles já observava que a esperança e o entusiasmo, juntos, formam a centelha da autoconfiança, sem a qual os jovens não teriam futuro.

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Reportagem de 2007 deu dicas para elevar a auto-estima (Reprodução/VEJA)

Antigamente, acreditava-se que o grau de auto-estima de uma pessoa era determinado na infância e se preservava intocado ao longo da vida. A boa notícia é que, nos últimos anos, a psicologia derrubou essa teoria. Hoje se sabe que é possível desenvolver a auto-estima em qualquer idade e mantê-la elevada para sempre.”

Uma das novidades apresentadas em 2007 era a de que uma mesma pessoa pode alternar auto-estimas alta e baixa dependendo do ambiente em que se encontra. “Um indivíduo pode ter confiança plena em si próprio no ambiente profissional, mas se sentir a última das criaturas no âmbito pessoal, e vice-versa”, disse a VEJA o psicólogo Daniel Hart, da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos. “Isso indica que, para aumentar a auto-estima, não basta apenas ter pensamentos positivos generalizados. O ideal é concentrar-se nos pontos fracos que podem ser mudados e melhorados”, complementa.

Entre explicações científicas e exemplos, a matéria trouxe ainda uma tabela com seis regras básicas, para os que preferem explicações diretas,  pontuais: examinar o passado, achar um meio-termo em seus projetos, dar um sentido à vida, focar os aspectos positivos, comentar com a família e os amigos as realizações positivas e fazer ginástica.

Sim, fazer ginástica: “Vários estudos mostram que a prática regular de exercícios ajuda a elevar a auto-estima. Numa pesquisa da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, um grupo de estudantes que começou a praticar exercícios regularmente passou a ter uma percepção mais positiva de si próprio. Outro estudo, da Universidade de Illinois, concluiu que a ginástica aumenta a auto-estima dos praticantes porque melhora a saúde e a qualidade de vida em geral”, dizia o texto.

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Para saber detalhes de cada uma dessas regras, ou para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

A reportagem de 2007 é bem interessante, com um teste para o leitor verificar o quanto gosta de si (é atual, faça), exemplos positivos de personalidades e outras dicas. Um dos pontos altos é um estudo que mostra a aversão brasileira às pessoas com alta auto-estima. “Existe no Brasil uma cultura de condenar quem se vangloria das próprias realizações e de enaltecer a humildade. Isso acaba por minar a auto-estima das pessoas, que começam a acreditar que não são merecedoras de seus feitos mais ambiciosos”, disse a psicóloga Ana Maria Rossi.

Na edição 2.184, de 29 de setembro de 2010, a revista voltava a abordar indiretamente a questão da felicidade. Com o título “O ABC dos Sentimentos”, a publicação apresentou “as descobertas da neurociência sobre a química das emoções”.

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Reportagem de 2010 dissecou a ciência por trás das emoções (Reprodução/VEJA)

“O medo, a surpresa, a raiva, a alegria, a tristeza e o nojo são inatos, determinados biologicamente – e comuns até aos vertebrados mais simples. Nos peixes, anfíbios e répteis, as emoções se manifestam de forma involuntária, ativando as áreas mais primitivas do cérebro, como o tronco cerebral e o sistema límbico. Conforme aumenta o grau de evolução da espécie, as emoções tornam-se mais refinadas – o que exige a ativação de porções cerebrais maiores e mais desenvolvidas. No ser humano, as percepções e manifestações emocionais atingem o auge da complexidade e são processadas em todo o cérebro, inclusive no córtex primitivo e no neocórtex, responsáveis por funções como a linguagem e as tomadas de decisão. Nós somos os únicos comprovadamente capazes de sentir as chamadas emoções secundárias. Dezenas de substâncias químicas interagem entre si de modo que sintamos compaixão, culpa, ciúme, vergonha, desconfiança e… amor. Além de mais complexas fisiologicamente, as emoções humanas, há que lembrar, não seriam humanas não fossem moldadas também por influências sociais, culturais e morais. E se retroalimentam.”

A reportagem traz também um dicionário para tornar mais didática a ação do organismo em cada uma das principais emoções do ser-humano. Leia alguns desses tópicos:

Alegria

Há alegrias e alegrias – e, para cada uma delas, uma química diferente. A que se manifesta sob a forma de explosão e nos deixa mais eufóricos e falantes, como quando comemoramos o gol do nosso time do coração, é regida pela dopamina. A bola na rede ativa o sistema de recompensa do cérebro, causando a liberação dessa substância neurotransmissora e, consequentemente, uma ótima sensação. A alegria é instantânea, mas dura pouco. Para conter o entusiasmo, e evitar um colapso, o organismo logo reduz a produção de dopamina. A alegria mais serena, aquela que nos invade quando a vida se apresenta tranquila, sem sobressaltos, é obra dos opioides, espécie de analgésico natural associado ao bem-estar. As duas substâncias fazem parte também do processo de estimulação e realização sexual. O antes, o durante e o ápice do sexo devem-se, principalmente, à dopamina. O depois (a etapa “foi bom, meu bem?”), em que se relaxa, aos opioides.

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Alegria demais, porém, é doença. Conhecida no jargão médico como mania, ela pode ser a fase eufórica do transtorno bipolar. Nesse estado, os pacientes se põem em risco. Tendem a comprar compulsivamente, a fazer sexo inseguro com estranhos e a exagerar no consumo de álcool. Além de psicoterapia, o tratamento quase sempre inclui o uso de medicamentos – em geral, estabilizadores de humor e antipsicóticos, que tentam normalizar (ou seja, reduzir, no caso dos bipolares) a ação de dopamina no sistema de recompensa.

Amor

Dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): “O amor dinamita a ponte e manda o amante passar”. Amar não é e nunca será fácil. Até o amor materno passa por suas provações. As complicações, em geral, advêm de influências externas. Da perspectiva bioquímica, amar é de uma simplicidade comovente, mera questão de oxitocina. A substância ativa as áreas da afetividade, ajudando a estabelecer e a fortalecer os vínculos de afeição – seja entre mãe e filho, homem e mulher ou amigos. Quanto maior a produção de oxitocina, maior também a liberação de – aí está ela outra vez – dopamina, a substância da alegria, responsável pelo controle do sistema de recompensa cerebral. Para a manutenção do amor romântico, a biologia fornece um prazo de validade – em média, quatro anos, o tempo exigido para a concepção, a gestação, o nascimento e os primeiros cuidados com o bebê. A natureza é pragmática.

Ciúme

No século XVII, o religioso espanhol Tirso de Molina, criador do personagem Don Juan, definiu o ciúme como “o saleiro no banquete do amor”. Pois bem, na química das emoções, esse sal é também a oxitocina, que mantém o vínculo afetivo entre o ciumento e a pessoa amada. Sentimento exclusivamente humano, o ciúme, no entanto, resulta de processos mentais bem mais complexos do que a simples liberação de um neurotransmissor. O ciúme acende, por exemplo, a região do lobo frontal – o que faz com que o ciumento se corroa de angústia ao imaginar que possa estar sendo traído. Ligam-se a esse circuito aqueles associados ao stress e à agressividade, com a liberação do hormônio cortisol. Com isso, ocorre a experiência física do ciúme – traduzida por taquicardia, boca seca e estômago embrulhado.

O ciúme patológico costuma ser sintoma de vários transtornos psiquiátricos. É comum que os deprimidos apresentem delírios ciumentos, em função de um desequilíbrio da ação da serotonina, substância neurotransmissora que proporciona prazer. O ciúme doentio pode atingir ainda as vítimas de transtorno obsessivo-compulsivo, pânico e os portadores de afecções neurológicas, como a doença de Parkinson e o alcoolismo, segundo descreveu a psiquiatra italiana Donatella Maraz-ziti, em seu livro …E Viveram Ciumentos & Felizes para Sempre (Casa Editorial Luminara). Sessões de terapia cognitivo-comportamental podem ser úteis. Em certos casos, os médicos recorrem a antidepressivos específicos para serotonina.”

Leia o texto de 2010 na íntegra clicando aqui.

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