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Vale a pena ler de novo o que saiu nas páginas de VEJA em quase cinco décadas de história

“Acho que ele tem raiva”

Suzane von Richthofen concedeu a VEJA em 2006 a primeira entrevista desde o crime e falou vagamente sobre o irmão, hoje internado em hospital psiquiátrico

Por Da redação
2 jun 2017, 23h57 • Atualizado em 30 jul 2020, 20h51
  • VEJA desta semana narra o caso de Andreas Albert von Richthofen, cuja irmã, Suzane, planejou o assassinato dos próprios pais, em 2002. O jovem de 29 anos foi encontrado desorientado, com as roupas rasgadas e ferimentos no corpo, na região sul da cidade, e levado a um hospital psiquiátrico. Namorador, amigo solidário e excelente aluno, Andreas tinha se isolado completamente havia dois anos. Ao ser internado, não conseguia articular frases e demonstrava preocupação em manter junto de si uma corrente com o brasão dourado com o sobrenome da família.

    Andreas sempre evitou a imprensa e procurou manter-se longe dos holofotes. Em 2015, na única vez em que se pronunciou sobre a tragédia, referiu-se ao crime cometido por ela ao lado dos irmãos Christian e Daniel Cravinhos como “nojento”. Naquele ano, Suzane progrediu para o regime semiaberto. O caçula temia tanto rever a irmã que chegou a dizer a amigos que pretendia se mudar para a Alemanha.

    Andreas rompera com a irmã muitos anos antes. Ele chegou a visitar Suzane na prisão algumas vezes. Eventualmente, falavam-se pelo telefone, mas a conversa sempre terminava em briga. “Acho que ele tem raiva”, disse Suzane a VEJA em 2006, ao conceder a primeira entrevista desde o crime.

    À reportagem, uma pessoa próxima dela dizia que a razão dos conflitos é a herança dos pais. Poucos dias depois, a Justiça decretou a prisão preventiva de Suzane por entender que ela punha em risco a vida do irmão. Ao final do ano, ela foi condenada por duplo homicídio qualificado. Em 2015, a Justiça considerou Suzane indigna da herança, determinando que todo o patrimônio do casal Richthofen fosse deixado para Andreas.

    Clique para ler a reportagem de 2006 e confira abaixo a entrevista, em que Suzane se comporta como uma menina pré-adolescente, aparentemente muito bem instruída por seus advogados a mostrar-se perturbada psicologicamente:

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    VEJA de 12 de abril de 2006
    VEJA de 12 de abril de 2006. Clique para acessar o Aquivo Digital (Reprodução/VEJA)

    Desde que deixou a prisão, há nove meses, Suzane von Richthofen está morando em um apartamento, em São Paulo, com um casal de amigos de seus pais a quem ela chama de “pai” e “mãe”. Foi lá que ela recebeu, de camiseta com a estampa da personagem Minnie e pantufas em forma de coelhinho, a reportagem de VEJA, para sua primeira entrevista depois do crime.

    Qual a lembrança que você tem dos seus pais? Meu pai é muito lindo. Minha mãe também. São os melhores pais do mundo. Esses dias, eu estava na cozinha, e senti meu pai me abraçando por trás.

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    O que você sente ao falar deles? Um buraco no peito. Dói muito falar deles. É tudo muito triste.

    O que você se lembra daquele dia? De nada. Eu estava muito drogada. Tinha fumado maconha o dia inteiro. Eu não lembro de nada, nada.

    Você tem alguma explicação para o que fez? (Suzane não responde.)

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    Você está arrependida? (Suzane responde afirmativamente com a cabeça.) Queria voltar naquele dia e apagar tudo. Queria a minha vida de volta.

    Você tem falado com o seu irmão? (Andreas von Richthofen, que atualmente vive com parentes do lado materno.) Não. Ele está com um tio nosso, que o proibiu de falar comigo. De vez em quando, ele me telefona, mas a gente briga.

    Por quê? Ele tem saudade dos nossos pais. Ele também não queria estar sozinho. Acho que tem raiva.

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    No dia do seu julgamento, você vai reencontrar, pela primeira vez, seu ex-namorado Daniel Cravinhos. O que você sente por ele hoje? Raiva, muita raiva. Eu não queria nunca mais vê-lo.

    Do que você tem mais medo? Do dia do julgamento.

    Como você vê o seu futuro? Tem algum sonho? Não. Entreguei tudo para Deus. Não tem condições.

    Mas você não pensa, por exemplo, em voltar a estudar Direito? Eu já falei. Não tem condições, né?

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