VOX POPULI E A NÃO-NOTÍCIA

Leitores me perguntam por que não comentei a pesquisa Vox Populi. Porque não confio nos seus números, goste eu do resultado ou não. Há dias critiquei aqui um seu diretor por falar demais. No sábado, o instituto — por alguma razão, é a grande referência dos petistas em matéria de pesquisa — divulgou números muito diferentes daqueles apurados pelo Datafolha. Até aí, vá lá. Ocorre que já foi demonstrada a inépcia, na hipótese benevolente, de seu questionário; há dúvidas sobre a universo pesquisado; as restrições vão se avolumando. Não serve como referência. Posso discordar dessa ou daquela leituras do Datafolha ou do Ibope, por exemplo, mas seus instrumentos de aferição da vontade do eleitor me parecem mais precisos. Sem contar que é absolutamente incompreensível que não se divulguem, a esta altura, números sobre o segundo turno. É muito jabuti em cima de árvore. Não acho que seja notícia. Ou, se quiserem, a notícia é o estranho questionário do instituto. Mas aí já estamos no terreno da perda de tempo.

Fiz a mediação dos comentários de ontem só no fim da noite e começo da madrugada de hoje — passei o Domingo de Páscoa com a família. Aquela gente organizada para fazer o trabalho sujo na Internet já havia tentando invadir o blog: “Não vai comentar? Não vai comentar?” Pronto! Comentei. Gostaram?

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