Virgílio diz que pode recorrer ao Ministério Público e TCU para obter gastos secretos da Presidência
Por Eduardo Bresciani, no Portal G1. Comento:Para pressionar a CPI mista dos Cartões a abrir os dados sigilosos dos cartões corporativos, sobretudo os da Presidência da República, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou, nesta segunda-feira (24), que pode ir ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) […]
Para pressionar a CPI mista dos Cartões a abrir os dados sigilosos dos cartões corporativos, sobretudo os da Presidência da República, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou, nesta segunda-feira (24), que pode ir ao Ministério Público (MP) e ao Tribunal de Contas da União (TCU) para ter acesso a essas informações. O líder tucano afirma que a CPI é a frente prioritária, mas destaca a existência de outras alternativas para essa investigação. “Temos a CPI como frente prioritária, mas existem outras. A CPI não é a única forma de quebrar sigilos”, observa.
A possibilidade de buscar outras alternativas para abrir as contas sigilosas será tema de debate em uma reunião do PSDB nesta terça-feira (25). Parte da sigla defende a saída definitiva da CPI caso os requerimentos de quebra de sigilo não sejam aprovados na sessão de quarta-feira (26). Para Virgílio, a saída é a última hipótese. “Nossa saída só acontecerá no caso de uma CPI desmoralizada. Não penso e nem quero que isso aconteça.” Apesar da ampla maioria governista na CPI, o líder do PSDB acredita na quebra de sigilo. Ele defende ainda a convocação da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef.
Requerimento a LulaO líder do PSDB afirmou ainda que pretende apresentar um requerimento para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, solicitando os dados dos cartões utilizados para as despesas do casal presidencial. Virgílio quer que sejam encaminhados também os dados de Fernando Henrique Cardoso.Para dar suporte a uma possível ação no Supremo Tribunal Federal (STF), Virgílio pedirá que a resposta seja dada pelo próprio presidente e não por um assessor. Segundo o tucano, somente com essa negativa ele poderia entrar na Justiça com um mandado de segurança para ter acesso aos dados.Virgílio já foi ao Supremo com um requerimento parecido. Na ocasião, o ministro Celso de Mello pediu a comprovação de que o parlamentar não teve acesso aos dados. O tucano, então, desistiu da ação.
Comento
Ainda que o caminho seja muito complicado e que dificilmente o senador Virgílio venha a ser bem-suceido, a ação política está correta. É preciso evidenciar, na prática, que a Presidência da República se nega a abrir os dados referentes a seus gastos. Mas que já botou no mercado da chantagem um dossiê sobre o governo anterior.