Violência em SP na 1ª página de jornal do Rio
“Bomba em trem e ataques do tráfico amedrontam SP”. Eis a manchete do jornal carioca O Globo neste sábado. Há uma certa ironia aí, ditada pelos fatos, não pela vontade do jornal. Acostumamo-nos todos com a violência fora do controle no Rio. Na maior cidade do país, ela estava, quando menos, escondida. A “periferia” dominada […]
“Bomba em trem e ataques do tráfico amedrontam SP”. Eis a manchete do jornal carioca O Globo neste sábado. Há uma certa ironia aí, ditada pelos fatos, não pela vontade do jornal. Acostumamo-nos todos com a violência fora do controle no Rio. Na maior cidade do país, ela estava, quando menos, escondida. A “periferia” dominada pelo narcotráfico, no Rio, é social, mas não é geográfica: são enclaves em áreas nobres da cidade. Em São Paulo, a geografia dava uma falsa impressão de paz. O governador Cláudio Lembo está sitiado. Márcio Thomaz Bastos lhe oferece ajuda (leia notas abaixo), e Marcola, o chefão do PCC, fornece os motivos dessa oferta. É uma conjugação perversa que busca ter efeitos eleitorais. A manchete do Globo foi motivada pelo assassinato de mais um agente penitenciário (clique aqui). A bomba explodiu num trem e, tudo indica, é só vingança de camelôs descontentes (clique aqui). E Bastos, conforme previ nesta quinta à tarde, está no noticiário (clique aqui), oferecendo ajuda, depois de ter deixado São Paulo à mingua. Já no Rio (veja nota acima), o narcotráfico permite que um candidato ao governo entre na favela. Mas os jornalistas são vetados “pela comunidade”.