O pior petismo é o envergonhado. Leiam a coluna de Luiz Fernando Verissimo no Globo de hoje — o sistema do jornal não permite fazer link; cadastre-se, e o acesso é gratuito. Diz irrelevâncias sobre um tema relevante: a, se me permitem a repetição, suposta irrelevância da política nos dias correntes, em que o capital […]
Por Reinaldo Azevedo
14 set 2006, 15h49 • Atualizado em 31 jul 2020, 23h13
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O pior petismo é o envergonhado. Leiam a coluna de Luiz Fernando Verissimo no Globo de hoje — o sistema do jornal não permite fazer link; cadastre-se, e o acesso é gratuito. Diz irrelevâncias sobre um tema relevante: a, se me permitem a repetição, suposta irrelevância da política nos dias correntes, em que o capital financeiro daria as cartas. Verissimo está entre aqueles petistas que queriam um Lula socialista. Desde que se preservasse, claro, o seu apartamento em Paris… É um dos pseudo-intelectuais brasileiros do miolo mole (ave!, José Guilherme Merquior), que pontifica sobre o que não entende. Chega a ser ridículo ler a sua coluna e cotejá-la com o conteúdo da editoria de política. Corrupção a cada linha, e lá está o homem a dizer que, ao menos, começou a haver no Brasil um tímido processo de transferência de renda, embora modesto, ele diz. Homem também voa em vassoura de bruxa? Deveria dar um passeio com Rose Marie Muraro. Mentira dele. Mentira de várias formas combinadas. Não é inédito. Ele que vá estudar o que aconteceu com o fim da inflação no Plano Real. Mais: com o crescimento medíocre quie temos, a transferência de renda é, na verdade, esmagamento da classe média e transformação de uma capacidade mínima de poupança em consumo (ver notas abaixo sobre o documento de Mendonça de Barros). Não é sustentável. Mas Verissimo está achando divertido, fauno meio balofo, o que ele considera “desespero das elites” com o sapo barbudo. Qual elite, meu senhor? Olavo Setúbal, dia desses, saudou o Lula conservador. Veríssimo acha que o Brasil é uma porcaria por causa dos outros. Eu acho que é por causa dele. Que usa seu prestígio de humorista para 1) se passar por pensador; 2) se fingir de analista político; 3) dar pinta de esquerdista e amigo do povo. Quando ele se cansa do fedor, ele foge pra Paris. Ele já disse certa feita que demorou para escrever, lançar-se, porque havia a sombra do pai, Érico Veríssimo, escritor de mão cheia. Deveria ter ficado quieto mesmo. O tempo passa, e ele só piora. Não por acaso, é um dos melhores amigos de Chico Buarque, com quem costuma de divertir na França. São os embaixadores do socialismo dos caetés.
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