VEJA – CORRUPÇÃO: A DENÚNCIA DE JARBAS VASCONCELOS. E A NEWSLETTER
Publico, habitualmente, um clipping com as principais reportagens de VEJA — ou, para ser mais preciso, com aquelas que considero as principais. Já há algum tempo, Euripedes Alcântara, diretor de Redação da revista, escreve uma Newsletter sobre a edição da semana. Este blog faz, a partir de hoje, uma parceria com essa página de Alcântara. […]
Nesta semana, o destaque da Newsletter é a entrevista do senador Jarbas Vasconcelos, do PMDB de Pernambuco. Vale reproduzir a Carta ao Leitor, que expressa o espírito dessa entrevista:
*
É enorme o peso que tem em um processo judicial o depoimento de uma testemunha ocular. Esse tipo de relato, quando dado de boa-fé e sem inconsistências, é decisivo na formação do veredicto. Na política, os testemunhos de personagens com intimidade com os fatos que revelam são igualmente poderosos.
O processo que culminou com o impeachment do presidente da República Fernando Collor, em 1992, começou com um desses depoimentos, a espantosa entrevista que seu irmão concedeu a VEJA em maio daquele ano e que foi estampada na capa com a chamada “Pedro Collor conta tudo”. A Carta ao Leitor daquela edição tinha o título “Depoimento que não se pode ignorar”. Não foi. Dezenove semanas depois das revelações do irmão a VEJA, Collor deixava a Presidência. As Páginas Amarelas desta semana trazem um conjunto de revelações feitas pelo senador Jarbas Vasconcelos ao repórter Otávio Cabral, 37 anos, quatro dos quais na sucursal de Brasília. Elas constituem um depoimento que também não se pode ignorar.
Com 43 anos de política dedicados primeiro ao antigo MDB e depois ao PMDB, duas vezes governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos relata com a eloqüência das testemunhas oculares que seu partido, hoje detentor das presidências do Senado e da Câmara, é uma agremiação que se move apenas por “manipulação de licitações, contratações dirigidas e corrupção em geral”. A entrevista de Jarbas Vasconcelos a VEJA não deixa muitas opções a seus colegas de partido e, por conseqüência, ao Congresso: processam o senador por falta de decoro parlamentar, imolam-se em praça pública ou vestem a carapuça e mudam seu comportamento. O Brasil precisa acompanhar muito de perto o desenrolar do depoimento do senador a VEJA. Ele tem tudo para ser o motor de um profundo e histórico processo de limpeza da vida pública brasileira.
Para ter acesso à Newsletter, em link aberto, clique aqui